Clima aumenta incidência de casos de cálculo renal

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Brasília, DF 7/10/2021 – O clima seco e de altitude, como o de Brasília, favorece a sub hidratação e a desidratação, que são fatores fundamentais para a formação de cálculos urinários.

A hidratação adequada é a melhor maneira de fazer a prevenção, diz especialista. As famosas crises renais acometem, em sua maioria, pessoas do sexo masculino

A temperatura elevada e a baixa umidade relativa do ar, condições comuns em Brasília nessa época do ano, contribuem para o aumento dos casos de cálculo renal. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), os problemas renais costumam aumentar cerca de 20% em períodos de seca e o principal problema relacionado ao clima é o cálculo renal, também conhecido como “pedra nos rins. “O clima seco e de altitude, como o de Brasília, favorece a sub hidratação e a desidratação, que são fatores fundamentais para a formação de cálculos urinários”, explica o médico urologista Eriston Uhmann. Segundo ele, o problema atinge 15% da população, sendo, aproximadamente, duas vezes mais comum em homens do que em mulheres, principalmente, na faixa etária entre 20 e 40 anos.

De acordo com Uhmann, que faz parte do corpo clínico do Hospital Urológico de Brasília, hábitos alimentares, como ingestão excessiva de sal, proteínas, uso de bebida alcoólica e pouca ingestão de águas, também são fatores relacionados à formação dos cálculos urinários. “É importante mencionar que outros fatores, como as anomalias anatômicas do trato urinário, ou a ocorrência de infecção urinária, também podem estar relacionados”, acrescenta o médico.

Ele explica que os cálculos renais são formados dentro da via excretora (canais por onde a urina passa) e, no momento da eliminação, devido à pressão da urina e à contração do ureter para expulsar o elemento estranho, ocorre a dor (cólica renal ou ureteral). De acordo com o especialista, toda pedra inicia pequena e aumenta de tamanho com o passar do tempo. “Todas estão aderidas na superfície interna do rim (papilas). Quando medem alguns milímetros tendem a se desprender, migrando junto com a urina para o ureter (canal que leva a urina do rim até a bexiga), momento em que desencadeia a cólica. Se o cálculo não for expulso espontaneamente, será necessário removê-lo com cirurgia”, conta.

“Se houver a suspeita de um cálculo urinário, basta realizar um exame de imagem para chegar ao diagnóstico. Muitas vezes, o diagnóstico ocorre quando o paciente é submetido a exames por outro motivo e acaba identificando o cálculo nos rins”, esclarece Dr. Eriston, que acrescenta: “de modo geral, a hidratação adequada é a melhor maneira de fazer a prevenção. É importante entender que a formação dos cálculos pode ter a participação de múltiplos fatores. Muitas vezes necessitando de uma ampla avaliação para o correto diagnóstico e tratamento”.

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