São Paulo, SP 28/6/2021 – Apesar de serem mais conservadoras em seus investimentos, sua rentabilidade tende a ser maior que a dos homens, até porque elas operam com menor frequência
A empresária Nathalia Paulino afirma que o perfil de investimento da mulher é diferente e sua carteira tende a ser mais rentável que a do homem
Durante sua participação no painel de Mulheres Investidoras, em seminário realizado pela HSM Singularity, Nathalia Paulino, sócia-fundadora da Nau Capital, multi family office voltado para os setores high e ultra high, falou sobre a presença da mulher no cenário de investimentos. Especialista em wealth management, private equity e venture capital, ela destaca que as mulheres têm um perfil diferente dos homens na hora de investir e são mesmo mais conservadoras, mas nem por isso conseguem resultados menores.
“Na hora da turbulência, as mulheres agem com cautela em suas carteiras. Apesar de serem mais conservadoras em seus investimentos, sua rentabilidade tende a ser maior que a dos homens, até porque elas operam com menor frequência”, explica Nathalia, que palestrou no evento da Money Report. “Por isso, devemos ter cuidado para não transformar essa informação de um perfil conservador em um dado ruim. São caminhos diferentes que acabam dando certo”, destaca a empresária.
Segundo Nathalia, 25% dos investidores na Bolsa são mulheres, o que significa 1 milhão de investidoras, e esse número tende a crescer no futuro, já que as mulheres enxergam na compra de ações uma forma de independência. Ela aponta que as mulheres já ocuparam o espaço nas universidades, onde representam 60% dos alunos, mas, no topo do mercado de trabalho, ainda há um longo caminho a percorrer: apenas 3% das CEOs são mulheres. O boom de IPOs previstos para ocorrerem na B3 no setor de empresas de tecnologia, ainda este ano, é um ótimo estímulo para um novo movimento de entrada de mulheres no setor.
Nathalia ressaltou que quando decidiu empreender, nem passou pela cabeça que estava se associando a dois homens, e hoje ela tem mais outros três sócios. Ela acredita que, dentro da sua geração, existe cada vez menos espaço para ideias de participação de lucros e salários diferentes. “Não faz sentido ganhar menos ou ter menos representatividade por ser mulher. E estou aqui para incentivar outras mulheres que venham trabalhar com a gente de forma igualitária e com as mesmas possibilidades”, ressalta ela. “Como mulheres, temos que influenciar outras mulheres, e trabalhar para criar medidas para serem feitas dentro das empresas e tornar isso tudo uma realidade.”
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