Economia Criativa: empresas buscam inovar para superar crise gerada na pandemia

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Maranhão 17/8/2021 – A cultura dos vaqueiros vem se modernizando, e se tornando mais contemporânea. Minha projeção é que em um futuro breve que a marca alcance todos os públicos

De acordo com estudo, 45,1% dos profissionais e 42% das empresas conseguiram desenvolver novos projetos durante o período de isolamento social; empresa de moda casual potiguar aposta em diversificação de estrutura de vendas e identificação com nicho de mercado para firmar negócio

Se inovação e criatividade já se configuravam como pilares básicos para o sucesso de uma empresa em tempos de “normalidade” e estabilidade econômica, em um contexto de crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19, tais premissas ganharam ainda mais relevância dentro do ambiente corporativo. 

De acordo com uma pesquisa realizada em setembro de 2020 pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC (antiga PricewaterhouseCoopers), 96% das empresas que apostaram na inovação foram bem-sucedidas no enfrentamento dos impactos adversos causados pela pandemia.

Mais que uma estratégia para que sejam alcançados bons resultados – ou mesmo para que uma empresa sobreviva em tempos de crise -, estes fundamentos balizam toda uma cadeia produtiva. A chamada Economia Criativa, conforme foi conceituada posteriormente, pode ser descrita, segundo definição de John Howkins, como o conjunto de “atividades nas quais a criatividade e o capital intelectual são a matéria-prima para a criação, produção e distribuição de bens e serviços”.

Mesmo com o atual momento, ainda que fortemente impactada pela pandemia de Covid-19, a pesquisa “Impactos da Covid-19 na Economia Criativa”, realizada pelo Observatório da Economia Criativa da Bahia (Obec-BA), em parceria com o think tank cRio ESPM, 45,1% dos profissionais e 42% das empresas conseguiram desenvolver novos projetos durante o período de isolamento social.

Em alguns casos, projetos inovadores, que já traziam características como a prevalência do e-commerce na venda de produtos e a prospecção de clientes por meio das redes sociais, firmaram-se definitivamente em seus nichos de mercado durante a pandemia de Covid-19. É o caso da empresa de moda casual Capa Loka, estabelecida no Rio Grande do Norte, que, de modo geral, comercializa seus produtos por meio de uma loja virtual, mas que também alcança expressivos resultados de venda em “turnês” realizadas pelo próprio empreendedor Nathan Queiroz a bordo de uma van. Rodando pelo Norte e Nordeste do país, camisetas, moletons, bonés e acessórios com as iniciais CL (Capa Loka) bordadas ou estampadas invariavelmente se esgotam antes do retorno a terras potiguares.

Criatividade: de inovação e criação à distribuição dos produtos

De propriedade do empreendedor, influencer digital, criador de cavalos e atleta de esportes equestres Nathan Queiroz, a Capa Loka surgiu em 2016 e enquadra-se no conceito de Economia Criativa definido por Howkins, visto que em há o emprego da criatividade – com o capital intelectual servindo de matéria-prima – desde a criação do produto (sempre com a temática do “vaqueiro”) até sua distribuição. O segmento da moda, ramo de atuação da empresa, insere-se no setor de consumo da indústria criativa, ao lado das áreas de design, arquitetura e publicidade & marketing.

Nathan Queiroz explica que teve a ideia de rodar o interior do país com uma van surgiu quando percebeu que era preciso ficar perto de seus fãs, em sua maioria advindos do Nordeste, identificando ainda, nesta ação, a possibilidade de potencializar as vendas de sua loja. “Buscando novas estratégias para impulsionar as vendas, pensei que se eu tirasse uma foto com quem comprasse uma peça e depois postasse no meu Instagram, teria um grande retorno e iria alavancar ainda mais as vendas. Então montei a Van Capa Loka para rodar, inicialmente, pelo interior do Nordeste, onde a cultura do vaqueiro é mais forte”, explica.

A ausência de uma base fixa, neste sentido, fez também com que o negócio conduzido pelo microempresário não sofresse com as restrições impostas a estabelecimentos de serviços considerados não essenciais durante longos períodos na capital potiguar, onde Nathan Queiroz vive com a família. Além disso, as turnês pelo Nordeste exemplificam como a Economia Criativa está presente na estratégia de vendas da empresa. “Hoje, quando dou um giro bom em várias cidades, permanecendo cerca de duas semanas na estrada, consigo atingir cerca de 60% do faturamento mensal da empresa”, diz.

De acordo com o mais recente relatório da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), publicado em 2019, o mercado global de produtos da Economia Criativa saltou de US$ 208 bilhões em 2002 para US$ 509 bilhões em 2015. Em âmbito local, também é possível avaliar o impacto deste segmento na economia: segundo dados de 2017 da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a Economia Criativa foi responsável por 2,6% do PIB brasileiro e gerou um total de 837.206 empregos formais, o equivalente a 1,8% de toda a mão de obra nacional.

No caso da Capa Loka, a geração de empregos e a expansão do mercado consumidor, que já avança para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, estão estritamente ligados ao uso da criatividade e da inovação no processo produtivo da empresa, visto que uma das principais apostas do vaqueiro empreendedor Nathan Queiroz é trazer um visual mais moderno e despojado para dentro da tradição nordestina. “A cultura dos vaqueiros vem se modernizando, se adaptando, se tornando mais contemporânea. Minha projeção é que em um futuro breve a marca alcance todos os públicos”, aposta.

Para mais informações sobre a Capa Loka, basta acessar o site, o Instagram e o Facebook da loja e também o instagram do Nathan Queiroz.

Website: https://www.capaloka.com.br/

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