Golpes por meio de dispositivos eletrônicos aumentam na Black Friday

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São Paulo, SP 23/11/2021 – É necessário prestar muita atenção ao que está fazendo. Os fraudadores contam muito com isso para cometerem crimes cibernéticos

Especialistas apontam os principais métodos usados para aplicar golpes e como os consumidores podem se prevenir

Segundo informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as quadrilhas aproveitam o entusiasmo das pessoas com o grande volume de ofertas para aplicar golpes.

As tentativas de fraude aumentam na Black Friday principalmente através de dispositivos eletrônicos. Muitas vezes não é necessário nem efetuar a compra ou inserir dados de cartão, basta clicar em links suspeitos para ter dados pessoais roubados por hackers.

De acordo com Michel, boleto e PIX são métodos de pagamento mais difíceis de conseguir o dinheiro de volta caso se trate de uma fraude, por isso prefira usar cartão de crédito ou cartão virtual para compras durante a Black Friday, pois o cancelamento de uma compra pode ser feito com uma ligação para a operadora.

Um ponto importante é utilizar os cartões virtuais, que são cartões de número e código de verificação temporários oferecidos pelos bancos. Com este método, é possível cancelar o cartão ou trocar de numeração assim que concluir a compra para evitar que as informações sejam usadas indevidamente.
Nesta época os golpistas também podem disparar e-mails com informação de que houve algo errado com a compra, mesmo que a pessoa não tenha comprado nada.

A estratégia é para que a vítima clique em algum link e acabe caindo na armadilha, tendo seus dados roubados. Se o usuário não efetuou nenhuma compra, a recomendação é não abrir a mensagem e denunciar imediatamente, reportando o remetente como tentativa de Phishing.

Sites clonados são uma das ferramentas usadas para aplicar golpes na internet. É possível encontrar sites falsos que, literalmente, imitam a interface de grandes lojas de departamento e o usuário acredita estar comprando com uma empresa confiável.

Uma forma de se prevenir é verificar se o site possui o código HTTPS, ou seja, se usa criptografia para proteger os dados inseridos pelos usuários. Também é importante verificar o endereço da URL, geralmente, quando se trata de um site falso, depara-se com um conjunto de letras e números um pouco embaralhados como www.nomedaloja184.com.br, por exemplo.

O publicitário Thiago Santino, 37, relatou que na última Black Friday viu um anúncio de uma televisão por um valor bem abaixo do mercado no suposto site de uma das maiores lojas de departamento do país. “Fui impactado por um banner da loja anunciando uma SmarTV Samsung de 55 polegadas de R$ 4.990 por R$ 990. Cliquei na arte e entrei no site. Preenchi o cadastro e efetuei a compra. Tudo certo”, conta Thiago.

Entretanto, o publicitário não recebeu nenhuma confirmação de compra por e-mail e começou a desconfiar da tentativa de golpe. “Acessei o histórico do site e vi vários erros de português na página e tinham poucas páginas. Aí reparei no endereço da URL e vi que não era da loja oficial”, ele relata.

Como o pagamento foi efetuado com cartão de crédito, Thiago ligou na central de atendimento do banco e solicitou o cancelamento da compra imediatamente. “Se fosse boleto ou pix já era, mas como era compra no cartão eles conseguiram bloquear”. Ele também conta que chegou a procurar o Fórum de sua cidade e descobriu que mais de 120 pessoas caíram no mesmo golpe naquele mesmo site fraudulento.

O advogado da Lexly , empresa especializada em serviços jurídicos digitais, Michel Teixeira, salienta que “se perceber que está em site clonado, deve-se fechar a janela imediatamente, caso o usuário já tenha inserido alguma informação pessoal, o recomendado é cancelar a compra e cancelar o cartão de crédito junto à operadora”.

O Whatsapp se tornou uma ferramenta muito versátil para empresas, graças ao Whatsapp Business e às redes de transmissão, é possível disparar mensagens para diversas pessoas de uma única vez.
O lado negativo desta ação é que se torna um prato cheio para disseminação de links falsos que rastreiam e roubam as informações dos aparelhos de quem clica.

As mensagens podem chegar, inclusive, de contatos conhecidos da própria agenda da pessoa, que já foram clonados pelo mesmo golpe, e ajudam os criminosos a conseguir um número cada vez maior de informações.

A mesma técnica sofisticada é usada para disparar mensagens de texto por sms com promoções imperdíveis. Especialistas recomendam nunca clicar em links nem responder essas mensagens, o mais indicado é acessar o site da suposta empresa através do navegador e verificar se a grande oferta é verdadeira ou se é apenas mais uma tentativa de golpe.

O advogado salienta que a principal oportunidade para os criminosos é a falta de atenção do consumidor. “É necessário prestar muita atenção ao que está fazendo. Os fraudadores contam muito com isso para cometerem crimes cibernéticos”, comenta Michel.

Website: https://lexly.com.br/

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