Mais de 2,5 milhões de pessoas utilizam o telessaúde para consultas médicas

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São Paulo, SP 18/10/2021 – Com o apoio da tecnologia que vem se desenvolvendo cada vez mais rápido, podemos transformar e ajudar a vida de muitos pacientes

O telessaúde possibilita a prestação de serviços de assistência à saúde à distância, para pacientes com recursos digitais, viabilizando o cuidado preventivo e os diagnósticos precoces de doenças

A telemedicina ou telessaúde apresentou um grande crescimento na última década. Um levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde, divulgado pela Medicina S/A, revelou que, com a pandemia da covid-19, mais de 2,5 milhões de pessoas buscaram o serviço de teleconsultas entre março de 2020 e abril deste ano. Recente painel publicado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) mostrou que entre os usuários de Internet, 20% realizaram consulta com médico ou outro profissional da saúde pela Internet durante a pandemia, sendo que os com ensino superior (28%) e das classes AB (27%) foram os que mais utilizaram esse serviço.

O termo telessaúde consiste no uso da tecnologia com a finalidade de realizar interconexão entre hospitais, profissionais de saúde e pacientes, através de um sistema em que se pode compartilhar exames, laudos e prescrições médicas com o intuito de possibilitar os cuidados à saúde à distância, informa Marcela Laryssa de Lima Bezerra, graduada em Enfermagem e com pós-graduada em Enfermagem Obstétrica.

“A crise pandêmica, que estamos atravessando, tem como maior desafio a luta pela a saúde humana, a qual pode ser afetada de várias maneiras como, por exemplo, graves problemas respiratórios. Para diminuir a contaminação da doença, por ser altamente transmissível, foi necessário realizar medidas preventivas como o isolamento social. Com isso, o telessaúde ganhou espaço nos hospitais e consultórios como forma de ajudar no atendimento ao paciente”, explica a enfermeira.

Diante dos quadros hospitalares e centros de saúde lotados, Marcela relata que os profissionais de saúde sobrecarregados com a demanda de pacientes acometidos pelo vírus, tiveram a necessidade de expandir o atendimento de saúde à distância.

De Acordo com o levantamento da Cetic, cerca de 1/5 dos usuários de internet com 16 anos ou mais utilizaram serviços de telessaúde, com predominância pelos usuários do SUS (63%), os quais representam aproximadamente 74% do total de pessoas que utilizam serviços de saúde no país. Entre os que realizaram consultas online, 63% o fizeram pela rede pública e 50% pela rede privada. O meio mais utilizado para a realização das consultas on-line foi por aplicativos como WhatsApp ou Telegram (50%). Apenas cerca de 30% dos usuários que fizeram teleconsulta utilizaram um aplicativo do SUS ou do plano de saúde.

Conforme a especialista, que também é palestrante em temas variados relacionados à saúde, o teleconsulta é um ramo do telessaúde que já vinha sendo utilizado antes da pandemia, mas só no momento da crise sanitária que se tornou mais popular.

“É uma realidade enfrentada por todos, no mundo inteiro. E com o apoio da tecnologia que vem se desenvolvendo cada vez mais rápido, podemos transformar e ajudar a vida de muitos pacientes. É uma tendência que veio para facilitar a vida de muita gente, principalmente dos profissionais de saúde e pacientes, por possibilitar muitos benefícios a ambas as partes”, conclui Marcela Bezerra.

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