Proposta chama a atenção para concessão de empréstimos

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21/12/2021 – As fintechs oferecem facilidade de comunicação, acesso e manejo por parte de todos os usuários.

Governo estuda programa de microcrédito para inadimplentes; para especialista, iniciativa segue a linha das fintechs, que já oferecem empréstimos pessoais para negativados

Ao final de um ano em que o país bateu a marca de 1,62 milhão de novos inadimplentes, segundo dados da Serasa Experian, o MTP (Ministério do Trabalho e Previdência)  e a CEF (Caixa Econômica Federal) estudam usar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para dar a luz a um novo programa de microcrédito, que deve beneficiar uma fatia desse público, a ser lançado em 2022 pela própria Caixa.

Para tanto, o governo busca cerca de R$ 3 bilhões em recursos para montar um fundo garantidor para o novo programa de microcrédito, que poderá ser pleiteado por 20 milhões de MEIs (Microempreendedores Individuais), mesmo com nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito. Acredita-se que serão ofertados empréstimos entre R$ 500 e R$ 15 mil, considerando que os detalhes ainda estão em definição.

Glorival Parreira, CEO da Monefy – empresa que atua com empréstimo pessoal on-line – avalia de forma positiva a possível proposta do Governo de usar R$ 13 bilhões do FGTS para garantir empréstimos a quem está “negativado”.

“Se a proposta se concretizar, será excelente. Com o desemprego no Brasil, os trabalhos informais vêm aumentando todos os dias, a exemplo de camelôs, vendedores de ruas e entregadores de mercadorias. São pequenos empreendedores que buscam essas alternativas por falta de oportunidades no emprego formal”, afirma.

No entanto, prossegue, tendo em vista que muitos possuem restrições de crédito, essa alternativa se torna ainda mais desafiadora.

Com efeito, o Brasil possui cerca de 59,8 milhões de inadimplentes, sendo que 39,3% da população com idade entre 18 e 95 anos terminou o primeiro semestre do ano com o nome negativado, conforme indicativos do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

“Assim, essa medida do Governo irá facilitar o acesso ao crédito justamente para aqueles que mais precisam e que poderão, com isso, retomar suas atividades para reconstruir o seu modo de vida. Trata-se de uma medida benéfica para aqueles que irão tomar o crédito, bem como para aqueles que o disponibilizam no mercado”, complementa.

Fintechs são pioneiras em empréstimos para negativados

Parreira destaca que, para milhões de cidadãos, é importante a oferta de microcrédito sem que haja a necessidade, por parte do contratante, de comprovar renda ou oferecer garantias, com um forte impacto para a circularidade da economia. “No modelo tradicional de empréstimos por bancos e financeiras, é necessária a comprovação de renda para conseguir o crédito. Ocorre que hoje, no Brasil, isso tem reduzido as possibilidades de muitos, sobretudo considerando o alto nível de desemprego, aliado à informalidade dos trabalhos que gera a impossibilidade de comprovação documental de renda”.

Nesse contexto, segundo o especialista, as fintechs – termo que surgiu da união das palavras financial e technology, em inglês ou tecnologia financeira, em português -, valendo-se dos benefícios da tecnologia avançada, oferecem uma alternativa para melhorar esse quadro e contribuir com a saúde financeira dos brasileiros.

“Tratando-se de microcrédito de concessão imediata, independentemente da comprovação de renda, as pessoas podem valer-se de tal recurso para iniciar um processo de soerguimento financeiro, contribuindo para a circularidade da economia”, considera.

O CEO da Monefy afirma que vê com bons olhos o mercado de fintechs de crédito e, mais especificamente, de microcrédito. “As fintechs oferecem facilidade de comunicação, acesso e manejo por parte de todos os usuários. Além disso, os custos são menores do que aqueles exigidos pelos bancos”.

Para Parreira, um exemplo disso é a grande adesão ao Pix, que é simples, rápido e menos oneroso, o que tem levado milhões de pessoas a buscar as chamadas contas digitais. Com efeito, 61,4% da população brasileira já aderiu ao Pix, com mais de 348 milhões de chaves cadastradas no sistema e uma média de 105,2 milhões de pessoas físicas utilizando o recurso, segundo dados coletados em outubro pelo BC (Banco Central).

“Nesse cenário, e visando ampliar o acesso ao maior número de pessoas possível, surge a importância da concessão do microcrédito através dos canais eficazes e seguros da tecnologia. Uma resposta concreta àqueles que ainda desacreditam que a tecnologia, quando bem empregada, pode oportunizar soluções para o bem de todos”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://monefy.com.br/

Website: https://monefy.com.br/

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