DNA da inovação e nova economia impulsionam competitividade no RS

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1/12/2021 –

Ecossistemas de inovação foram tema de palestra em evento online realizado pelo SEPRORGS

A nova economia vem protagonizando o mercado como um todo, principalmente no que diz respeito às transformações tecnológicas e de gestão dos negócios. Para falar sobre este cenário e os ecossistemas de inovação, o SEPRORGS convidou Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira, que ministrou palestra no último MesasTI de 2021, realizado em 19 de novembro.

O presidente da entidade, Rafael Krug, abriu o evento falando sobre a importância do SEPRORGS estar dentro do Instituto Caldeira. “Esta parceria pode trazer diversas vantagens e oportunidades para as empresas de TI. Além disso, precisamos destacar o lançamento do programa Jovem Aprendiz da Fundação Tênis, uma iniciativa que tem apoio da SUCESU-RS e que foca a formação de jovens em Tecnologia, abrindo espaço para que nossas empresas recebam uma oferta ainda maior de mão de obra qualificada e estes jovens encontrem boas oportunidades para construir uma carreira sólida”, ressaltou.

Além disso, Krug fez menção ao projeto do Sandbox Regulatório POA, que prevê a desburocratização dos processos para abertura de novos negócios e lançamento de produtos, e que vem sendo encabeçado pelo vereador Felipe Camozzatto, com quem o SEPRORGS tem trabalhado em conjunto no apoio à inciativa.

Krug ressaltou que a ideia é que as startups possam criar e empreender de uma forma mais livre na cidade. “Vamos levar esse projeto para as regionais a fim de que fomentem essas empresas também no interior do estado. Da mesma forma, já temos uma comissão trabalhando na Convenção Coletiva 2021”, disse.

O presidente da FENAINFO, Edgar Serrano, agradeceu aos deputados Jerônimo Goergen e Lucas Redecker pelo apoio na aprovação da desoneração da folha de pagamento. “A defesa da manutenção da desoneração foi longa e exigiu de todos muito trabalho. Foi a vitória do bom senso”, complementou.

Pedro Valério iniciou sua palestra falando sobre a nova economia que, segundo o executivo, é sustentada pelo tripé: novas tecnologias, novas formas de gestão e novos modelos de negócio. Para ele, a transformação digital é um contexto de inovação que as empresas estão enfrentando, mas que vai muito além da TI, envolvendo um DNA de inovação.

“O que tentamos construir desde as primeiras conversas com o SEPRORGS, por exemplo, é como podemos aproximar e fomentar as empresas do RS, fazendo com que tenham capacidade de competir nesse cenário”, revelou. “Quando consolidamos a vinda da sede para o Instituto Caldeira, tivemos a certeza de estaríamos mais próximos da construção de pautas relevantes para esse cenário pungente que buscamos”, acrescentou.

Dentro do processo dos desafios da nova economia, conforme Valério, o desafio central é cultural, vinculado basicamente a uma transformação de modelos mentais. “A gente tem em uma esfera privada um olhar muito claro de que as empresas precisam entender o que está acontecendo para poder jogar com as suas melhores ferramentas”, destacou.

O Caldeira tem hoje mais de 60 startups fazendo parte desse ecossistema. O Instituto está ligado a mais de 10 hubs nacionais e internacionais. “Podemos trabalhar no Rio Grande do Sul, mas estarmos conectados aos mais importantes centros de inovação do mundo”, afirmou.

Na prática, a intenção do Caldeira é a provocação desse novo jeito de pensar corporativamente. “E trazer muito desse DNA de inovação, essa cultura startup para dentro das grandes empresas”. Em se tratando do Rio Grande do Sul, especificamente, Valério reiterou que é necessário quebrar o paradigma de que as coisas são muito difíceis no estado.

Isso, segundo ele, não significa negar os problemas e uma série de desafios que existem. Como, por exemplo, infraestrutura tributária, jurídica e assim por diante, mas sim entender que “a reprodução de determinados estereótipos prejudica na criação de uma cultura de inovação e de um ambiente propício para inovação”.

Valério também falou sobre os programas de inovação, como o Conecta Caldeira, que foi aberto para conectar grandes empresas com startups a partir de desafios. A missão do projeto é fomentar novas conexões e criar a ideia de que inovação tem pouco a ver com uma piscina de bolinha no meio do escritório e mais com boas iniciativas e a busca pelo ambiente propício para a inovação.

Outra pauta em debate durante o evento online foi a falta de mão de obra qualificada e as iniciativas que podem fomentar esse cenário. “Um dos nossos projetos tem a missão de conectar jovens talentos, operações educacionais, empregadores e entusiastas de um ecossistema competitivo e inclusivo. Em parceria com a Secretária de Educação, estamos buscando formar um banco de talentos, visto que temos ciência de mais de 2.500 vagas disponíveis no mercado”, explicou.

Outra ação importante do Instituto Caldeira é a revitalização da estação Farrapos. “Estamos buscando junto ao time do Trensurb e dos governos federal, estadual e municipal, esse movimento fundamental para potencializar a inovação no quarto distrito”, completou.

Valério salientou que os esforços estão focados em conectar todos aqueles que acreditam que o estado possa ocupar um papel protagonista nesse ambiente de inovação, tecnologia e nova economia. Para ele, essa construção é baseada na ideia de uma comunidade colaborativa.

“Instituições como o SEPRORGS têm papel fundamental como disseminação, escuta ativa e fomento para a criação de um ambiente mais competitivo, auxiliando o Instituto a dar holofote a iniciativas de inovação e competitividade que vêm acontecendo dentro do ecossistema gaúcho”, concluiu.

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