Por um planeta e um consumo saudável, aumenta a oferta de alimentos veganos

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São Paulo 17/2/2022 –

Startups de alimentação inovam com produtos que vão além das opções convencionais

Um consumidor cada vez mais informado e antenado, preocupado com os animais, com o meio ambiente e com a sustentabilidade tem provocado uma revolução notável nas gôndolas e nos cardápios dos restaurantes no Brasil, que já é considerado um dos maiores mercados do mundo em consumo de produtos saudáveis.

Carnes plant-based, leites vegetais de aveia, amêndoas, de castanha, de coco; variedades de farinhas e produtos são algumas das alternativas, além da tradicional soja, em resposta a um novo consumidor mais consciente, jovem e mais atento aos rótulos.

Uma pesquisa recente encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e divulgada em agosto pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria – antigo Ibope Inteligência-, revelou que 46% dos brasileiros estão deixando de comer carne pelo menos uma vez por semana por vontade própria, e que 32% escolhem uma opção vegana quando ela é destacada nas gôndolas dos estabelecimentos.

Outros estudos da SVB dão conta que o número de brasileiros que se declara vegetariano tem crescido rapidamente a 14% da população. Já a última pesquisa realizada pelo Ibope revelou um crescimento de 75% no consumo entre 2012 e 2018, a mesma a partir da qual a SVB estima um mercado brasileiro com cerca de 30 milhões de vegetarianos e 7 milhões de veganos.

“Houve uma mudança significativa no consumo na última década no Brasil com a demanda de vegetarianos, flexitarianos e veganos. O consumidor está buscando mais alimentos saudáveis, orgânicos e veganos e os supermercados e operadores de food service já estão atentos e buscam ampliar as opções que seus negócios oferecem a esse público crescente.”, observa Michael Fine, gerente da ANUFOOD Brazil sobre esta tendência que terá atenção especial na edição deste ano da feira, que será realizada entre os dias 12 e 14 de abril de 2022, no São Paulo Expo.

“Não é coincidência que a planta da ANUFOOD Brazil 2022 tenha um aumento expressivo na quantidade de expositores com produtos voltados ao segmento”, Fine continua.

E a tendência é de mais crescimento nos números de consumidores conscientes. Outra pesquisa apresentada em dezembro de 2020, encomendada pela multinacional de alimentos ADM em parceria IBOPE DTM, concluiu que 52% dos brasileiros definem seu estilo de vida como “flexitariano”, pessoas que conscientemente procuram ingerir alimentos e/ou bebidas à base de proteína vegetal.

O potencial também é enorme no mercado de carnes vegetais. Segundo o Relatório Plant-Based Meat: Processing Alternatives and Ingredients Assessment da consultoria internacional Kline, um cenário conservador, baseado nas tendências de crescimento das vendas no varejo de produtos análogos de carnes vegetais, projeta que o mercado global pode crescer a um CAGR de 20%, atingindo um valor de mercado de 5,60 bilhões de dólares até 2024.

O mercado das food techs vai além dos veganos

Essa mudança no perfil de consumo no País tem transformado não só os supermercados, mas os restaurantes, e todo o mercado de ‘food service’, estimulando o surgimento de food techs, startups que inovam em ingredientes, trabalham com rótulos limpos, e produzem alimentos similares aos de origem animal, que atendem não só veganos, mas também alérgicos e pessoas que optam por alimentação saudável. É o caso da NoMoo, uma food tech carioca especializada na produção de laticínios à base de castanha de caju, que estará presente na ANUFOOD Brazil 2022.

“As pessoas vêm buscando alternativas à alimentação tradicional, por motivos de saúde, ideologia e até emagrecimento”, diz Marcelo Doin, sócio-fundador da NoMoo. “A maioria dos consumidores da NoMoo não é composta por veganos. Trata-se de um público flexitariano e/ou wellness que busca uma alimentação mais consciente e saudável. Já observamos uma tendência de pessoas dispostas a diversificar a alimentação, o que tende a crescer muito nos próximos anos”, afirma o empreendedor.

A marca, fundada em 2015, tem crescido tão rápido como a demanda. “A NoMoo triplicou de tamanho no último trimestre de 2021. Em 2022, pretendemos crescer em 300% o nosso faturamento, com o lançamento de novos SKU’s, exportações e abertura de novos pontos de venda”, prevê Doin.

A operação, que funcionava em uma fábrica de 240 m², levou a sua produção para uma nova planta de 2 mil m², e vende seus queijos, manteigas e iogurtes além das fronteiras do Brasil, para Estados Unidos e Portugal, e de estar em processo avançado de negociação com três países da América Latina.

Um creme de brandy preocupado com o meio ambiente

Um creme de brandy “amigo do planeta” formulado por Peter Smith, o proprietário da marca, faz de “Besos de Oro” uma opção para um grande número de consumidores veganos e que não consomem glúten.

De olho nesse crescimento do consumo no Brasil, a Wine & Spirit Int. Ltda, estará presente na ANUFOOD Brazil  junto com o proprietário da marca, Peter Smith para mostrar e degustar  ‘Besos de Oro’. Este creme de brandy 100% vegetal é similar ao que é produzido na Irlanda, mas sem lactose, é vegano, e sem glúten.

Feito com uma mistura de Horchata (do tubérculo Tiger nut produzido em Valência), e o melhor Brandy Andaluz espanhol de Jerez de la Frontera, “Besos de Oro” será apresentado na feira nos sabores, original, e também de chocolate. A “Noz de Tigre” é conhecida por ser rica em ferro, fibra vegetal, potássio, magnésio e ácido oleico, e também é uma fonte rica em antioxidantes.

“Em todo o planeta vemos agora um mundo onde cada vez mais vegetarianos e veganos estão presentes como uma parte importante e crescente do ambiente varejista, e não mais considerados como outsiders ou ativistas'”, diz Dale Sklar, Diretor da Wine & Spirit, em uma entrevista em seu escritório de Londres. A ANUFOOD Brazil foi escolhida pela empresa para encontrar um importador exclusivo no Brasil e, espera-se, outros vizinhos da América Central e do Sul.

Além de ser 100% vegetal, “Besos de Oro” tem uma vida útil prolongada de mais de três anos fora da geladeira, em comparação com seu equivalente em licor de creme de leite que deve ser mantido em uma geladeira e dura aproximadamente 12 meses.

 

 

 

Website: http://www.anufoodbrazil.com.br

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