Conselheiro da Abrasce detalha plano para abertura de shoppings centers

De 577 estabelecimentos do tipo que existem no Brasil, apenas 83 estão abertos

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O Brasil tem 577 shopping centers, mas apenas 83 estão abertos em decorrência das medidas de distanciamento social adotadas para o combate ao coronavírus. Em entrevista ao Timeline, o conselheiro da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Vander Giordano, afirmou que está sendo elaborada uma proposta de protocolo para a reabertura desses estabelecimentos. De acordo com ele, o projeto contempla 23 itens.

— No setor, nós nos preocupamos obviamente com questões da saúde (…), mas em algum momento essa abertura vai acontecer, assim como já tem acontecido assim em vários Estados. A gente tem que estar preparado — defendeu.

Algumas das categorias citadas por Giordano foram: o controle do fluxo de pessoas (com redução do uso de vagas de estacionamento e determinação de portas específicas para entrar ou sair do estabelecimento), marcações nos pisos, distribuição de dispensers de álcool gel pelo hall dos shoppings, uso obrigatório de máscaras, testagem dos funcionários, medição de temperatura na entrada do local, utilização de tapetes bactericidas nas entradas.

Em Blumenau, Santa Catarina, imagens de aglomerações em um dos shoppings que foram abertos causou preocupação na população. De acordo com o conselheiro, para evitar esse tipo de situação é recomendado não fazer evento de reabertura e determinar um horário de funcionamento diferente num primeiro momento.

— Por exemplo, que os shoppings abram num primeiro momento entre 12h e 20h. Por quê? O fluxo do transporte, ele se dá ali pelas 7h e às 18h. Se você intercala essa abertura você distribui o fluxo de uma maneira mais uniforme — disse.

Contudo, Giordano também afirmou que é difícil ocorrer aglomerações em shoppings. O caso registrado em Santa Catarina, disse, foi uma exceção. Os outros estabelecimentos do tipo, de acordo com o conselheiro, não registraram esse tipo de movimentação.

— Falar de aglomeração nesse momento não é algo real, até porque o consumo tá retraído. As pessoas tão com receio de consumir. Quer sejam porque perderam o emprego ou estejam com receio de perder o emprego — defendeu.

Quanto à receita do setor, Giordano avaliou que 2019 foi um ano bom, e o primeiro semestre de 2020 também estava em um movimento de ascensão bastante positivo. Contudo, com a pandemia, os números despencaram. Conforme o conselheiro, estima-se que, no Brasil, o setor tenha perdido R$15 bilhões.

Fonte: GZH Economia

 

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