Saímos do consumismo e entramos no low consumerism

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O psicanalista Jorge Forbes explica como o luxo foi transformado ao longo do tempo
Em entrevista à Revista IstoÉ Platinum, o psicanalista Jorge Forbes explica como os acontecimentos históricos alteram o conceito de luxo em nossa sociedade e como lidamos com o isso nos dias de hoje. Segundo ele, o luxo foi uma das características humanas modificadas com a transição do mundo industrial para a globalização.
Forbes explica que a diferença entre o novo luxo e o velho luxo não tem nada a ver com o preço estampado na etiqueta dos objetos, e sim, com a mudança de comportamento das pessoas. Antes o luxo era ligado à ostentação, como uma tentativa de elevar-se na escala social ligada ao luxo de confronto. “A exibição e a vergonha são valores de um tempo anterior”, afirma Forbes.
Já o novo luxo, ou low consumerism, passa a ter um aspecto mais pessoal de prazer e satisfação própria. “Luxo hoje é a pessoa poder escolher algo singular que ela queira fazer, independente da torcida”, explica ele. Diferentemente do luxo antes conhecido por nós, o luxo da pós-modernidade não está mais ligado ao consumo ou ao dinheiro que a pessoa tem, e sim, ligado à possibilidade de legitimação da escolha. O consumo sem limites que estávamos vivendo nas últimas décadas caiu, assim como o desejo pela posse e exibição, e deu espaço a um consumo muito mais criativo e responsável. Forbes, para exemplificar, cita a mudança de comportamento em relação aos automóveis, que, antes, as pessoas achavam de extrema importância possuir, e, hoje, não mais.
Fonte: Revista IstoÉ Platinum

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