Porto Alegre – RS 22/11/2021 – A busca por inovações tecnológicas que permitam o mínimo possível de intervenção é uma constante em nossa profissão
Setor movimenta R$ 38 bilhões por ano no Brasil e tem na tecnologia uma aliada de primeira ordem no desenvolvimento de novos métodos e equipamentos; tecnologia permite resultados mais satisfatórios a pacientes em aplicação de lentes de contato dental
Quando estudos são realizados para analisar as potencialidades da inovação tecnológica, diversos são os setores que podem se beneficiar de tais pesquisas. O da saúde, por exemplo, como indica o levantamento feito pela IDC (International Data Corporation), atingirá a marca de US$ 1,93 bilhão (cerca de R$ 10,5 bilhões) até 2022. A área em questão ganhou mais evidência por conta da pandemia de Covid-19, reforçando a necessidade de que o aprimoramento tecnológico seja constante nos anos vindouros.
Paralelamente a esta busca por avanços no campo mais genérico da saúde, algumas áreas específicas já movimentam milhões. E, se daqui a uma década o setor de saúde poderá atingir melhores patamares por meio de investimento, hoje há setores que conseguem gerar um mercado bilionário justamente por terem investido desde já em tecnologia. A odontologia estética reflete esta realidade.
Movimentando cerca de R$ 38 bilhões por ano, de acordo com o CFO (Conselho Federal de Odontologia), o mercado da odontologia estética, área também conhecida como dentística, tem, nos últimos anos, se desenvolvido e apresentado inovações e novos tipos de tratamento, acompanhando a tendência do uso cada vez maior da tecnologia verificado no setor da saúde de uma forma geral.
Além de procedimentos tradicionais, como a restauração de dentes cariados e o clareamento dental; as intervenções cirúrgicas, como a gengivoplastia e gengivectomia; e as aplicações de lentes de contato dental e facetas de porcelana; os cirurgiões-dentistas, no âmbito da dentística, também passaram a ser autorizados, mediante as resoluções 176/2016 e 198/2019 do CFO, a utilizar toxina botulínica e ácido hialurônico para fins estéticos e terapêuticos funcionais no procedimento conhecido como harmonização orofacial.
O uso da tecnologia, nesse sentido, tem sido cada vez mais relevante para que os procedimentos possam ser otimizados e permitam que os resultados alcançados sejam mais satisfatórios.
Entre algumas das inovações tecnológicas verificadas nos consultórios odontológicos do país nos últimos anos estão o escaneamento intraoral; a tecnologia CAD/CAM, que permite a criação de réplicas e moldes em impressão 3D; as cirurgias guiadas; o prontuário digital; a anestesia eletrônica; entre outras técnicas e equipamentos.
A tecnologia utilizada nas lentes de contato dental e nas facetas de porcelana
Na última década, o cuidado com a estética dental tem ganhado força no Brasil, com a aplicação de lentes de contato dental tendo destaque entre os procedimentos mais procurados pela população. De acordo com a única pesquisa realizada pela SBOE (Sociedade Brasileira de Odontologia Estética) sobre tal procedimento, realizada em 2015, foi registrado um aumento de 300% na procura em relação ao ano anterior – à época, a SBOE projetou que a tendência seguiria em alta no país.
As lentes de contato dental – ultrafina, com espessura que varia de 0,2 a 0,5 milímetros – e as facetas de porcelana – que costumam ter entre 0,7 e 2 milímetros de espessura – têm, tanto no âmbito da produção quanto da aplicação, diferentes tipos e graus de tecnologias envolvidas.
Especificamente no caso da aplicação das facetas de porcelana e das lentes de contato dental nos pacientes, em que o desgaste dental é necessário, a tecnologia é uma grande aliada dos cirurgiões-dentistas. Neste caso específico, a diminuição do nível de desgaste dental é a principal vantagem, já que, com a utilização da caneta de alta rotação elétrica e pneumática, a vibração é menor e há um controle maior das rotações – e, consequentemente, uma precisão maior na ação do desgaste dentário.
Responsável por uma clínica de odontologia estética de Porto Alegre, o Dr. Marcelo Borille explica que o maior desafio para os cirurgiões-dentistas na realização do procedimento de aplicação da lente de contato dental ou da faceta de porcelana é a busca pelo menor desgaste dental do paciente.
“Como o desgaste é sempre necessário, apesar de ser menor na aplicação da lente de contato dental do que na de faceta de porcelana, a busca por inovações tecnológicas que permitam o mínimo possível de intervenção é uma constante em nossa profissão”, afirma o profissional, explicando que a necessidade da raspagem dos dentes se dá em busca de uma maior aderência dos apliques, além de evitar com que haja sobrecontornos nos dentes do paciente.
A tecnologia empregada na realização dos moldes pode indicar, além disso – prossegue o Dr. Borille -, se a aplicação ideal deverá ser feita com facetas de porcelana ou lentes de contato dental. “A diferença entre elas é que a faceta é feita de uma porcelana mais fraca e precisa ser mais grossa, ao passo que a lente é produzida com uma porcelana mais resistente, podendo, por isso, ser mais fina”, diz.
O desgaste dentário, maior ou menor a depender da técnica escolhida, porém, é irreversível. “A partir do momento em que o paciente escolhe realizar a aplicação, ele deve estar ciente que o procedimento é definitivo”, diz o cirurgião-dentista, completando que há um termo que deve ser assinado pelo paciente, afirmando ter ciência da irreversibilidade do desgaste realizado nos dentes.
“Trata-se de uma aplicação que irá durar cerca de 20 anos e tem ganhado adesão cada vez maior na população, mas é preciso sempre ressaltar que ela deve ser realizada por profissionais de confiança”, completa.
Para mais informações, basta acessar: https://www.lentedecontatodental.poa.br/