Rio Verde – GO 16/11/2021 – As agtechs se complementam e auxiliam o produtor a gerar cada vez mais economia e produtividade em cada processo
Números de startups no agronegócio aumentou 40% em relação a 2019; fundador da Goyás Fazendas, Startup de negociações de fazendas comenta sobre as particularidades e perspectivas do setor
Com 1.574 startups, o setor de agronegócio cresceu em plena crise sanitária. As informações são do “Radar Agtech Brasil 2020/2021”, elaborado a partir de uma parceria entre Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), SP Ventures e Homo Ludens Research and Consulting, com apoio do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Segundo o documento, o número de startups ativas é 40% maior em relação à edição anterior, pré-pandemia.
Além das agtechs – como as empresas que promovem inovações no setor do agronegócio, por meio de novas tecnologias, são chamadas -, a nova versão do “Radar Agtech Brasil” detectou 78 instituições que apostaram no mercado por meio de incubação, aceleração e investimento, sendo que a região Sudeste detém 62% das organizações do tipo.
Já o relatório “Distrito Mining Report – Agtech 2021”, da plataforma de inovação aberta Distrito, fez o mapeamento de 298 startups voltadas para o agro e revelou que os investimentos nessas empresas ultrapassaram a casa de US$ 160 milhões (cerca de R$ 886,9 milhões) desde 2009, com um aporte maior nos últimos três anos.
Givago Alvarenga, engenheiro especialista em infraestrutura e agricultura orgânica, fundador e CEO da Goyás Fazendas, startup e imobiliária especializada em fazendas, destaca que o número de startups do agro brasileiro vem crescendo a cada ano, atuando nos setores tanto dentro como fora da fazenda.
“Fora, com a venda de produtos, marketplaces e plataformas de negociação de produtos agrícolas, e dentro, com biotecnologias e agricultura de precisão. Essa inovação tecnológica abrange cada vez mais todos os estágios do agro”, explica.
O levantamento “Radar Agtech” também mostrou que 657 empresas do setor atuam da “porteira para dentro”, com investimentos em sistemas de gestão de propriedade rural, drones, máquinas e equipamentos, soluções e dados. Já na categoria chamada de “antes da fazenda”, estão 199 empresas, que atuam com fertilizantes e defensivos agrícolas, inoculantes e nutrição vegetal.
Empresas do setor agro devem se especializar
Alvarenga acredita que o número expressivo de startups no mercado agro vem ao encontro da grande importância que o segmento representa para a economia do país. “As agtechs se complementam e auxiliam o produtor a gerar cada vez mais economia e produtividade em cada processo”.
Especificamente a respeito de imobiliárias rurais, o CEO da Goyás Fazendas afirma que esta tem se tornado uma área com grande competitividade, mas que ainda envolve corretores e empresas pouco profissionalizados e tecnológicos.
O CEO cita os dados de uma pesquisa realizada pela WGSN (Worth Global Style Network), empresa global de previsão de tendências com sede em Nova York, em parceria com o Google Trends, que afirma que os consumidores buscam produtos personalizados na internet.
“O fator tecnológico é importante, mas não basta estar na internet ou nas lojas de aplicativos: é preciso especialização para atuar no agro. Hoje, há diversas plataformas de imobiliárias urbanas que se juntam às rurais, mas nada específico e voltado cem por cento a imóveis do campo. Entretanto, o mercado de fazendas é bem específico e técnico, o que exige das empresas envolvidas um trabalho bem diferente do que é realizado nas cidades”, pontua.
Segundo Alvarenga, para obter sucesso em um cenário de retomada, ”as startups e demais empresas que atuam no agro precisam investir esforços, considerando o ambiente competitivo e ainda desafiador, por conta da crise econômica”.
Para mais informações, basta acessar: https://goyasfazendas.com.br/
Website: https://goyasfazendas.com.br/