São Paulo, SP 25/6/2021 – O sequenciamento genômico não é um processo simples de ser feito. São várias etapas que precisam ser percorridas, o que leva um tempo que atualmente não temos.
Desenvolvida por uma multinacional alemã, a tecnologia realiza todo o processo de sequenciamento em apenas um dia, metade do tempo de qualquer outra solução do mercado, e permite a análise de mais de três mil amostras simultaneamente
Entender a disseminação das novas cepas do SARS-CoV-2, assim como monitorar as mutações e potencial de infecção das variantes do vírus causador da atual pandemia, têm sido os maiores desafios da comunidade médica e científica. Ter conhecimento dessas informações pode ajudar a definir medidas de controle epidemiológico, além de permitir avaliar, por meio de estudos, se as variações poderão também ser combatidas pelas vacinas disponíveis.
Com o propósito de contribuir com as pesquisas, como as da Rede Corona-Ômica, comitê responsável pelo monitoramento e sequenciamento do genoma do vírus circulante no Brasil, empresas de tecnologia para diagnósticos moleculares, entre elas a QIAGEN, seguem aprimorando suas soluções com o que há de mais novo no universo científico para dar as ferramentas necessárias que agreguem eficiência nesses estudos.
Entre as novidades apresentadas pela multinacional alemã está o QIAseq DIRECT SARS-CoV-2 Kit (RUO), que permite o preparo de biblioteca para sequenciamento do genoma completo do vírus SARS-CoV-2. Desenvolvido a partir da tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS – Next Generation Sequencing), a ferramenta é uma solução completa, com todos os reagentes necessários para o estudo conclusivo das amostras analisadas.
“Nossa missão é oferecer respostas rápidas e precisas nessa corrida contra a COVID-19, por isso, seguimos aprimorando nossas ferramentas, de maneira que sejam cada vez mais eficientes. O QIAseq DIRECT SARS-CoV-2 Kit (RUO) realiza todo o processo de sequenciamento em apenas um dia, metade do tempo de qualquer outra solução do mercado, e permite a análise de mais de 3 mil amostras simultaneamente nos sequenciadores de produtividade mais alta. Além disso, permite economizar materiais plásticos de laboratório, que podem ser um gargalo nesse processo, e possui primers desenhados para otimizar a cobertura do genoma completo do vírus”, destaca Paulo Gropp, Vice-Presidente LATAM da QIAGEN.
De acordo com Fernando Rosado Spilki, coordenador da Rede Corona-Ômica BR-MCTI e professor do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, essas novas tecnologias apresentam muitas vantagens às pesquisas e têm permitido rastrear, com muito mais rapidez, o surgimento das novas variantes do SARS-CoV-2. “O sequenciamento genômico não é um processo simples de ser feito. São várias etapas que precisam ser percorridas, o que leva um tempo que atualmente é crucial. Quanto antes for possível entender as mutações, como e quando elas acontecem, o controle será mais rápido, assim como a disseminação. Sem essas ferramentas tecnológicas, os cientistas não conseguem aplicar a vigilância genômica em larga escala, tanto no Brasil, quanto no mundo, e esse é um dos fatores determinantes nessa luta de combate ao vírus”, comenta o especialista.
Renato Santana Aguiar, professor e virologista da UFMG, explica que essas tecnologias têm sido fundamentais desde o início da pandemia, pois aceleraram o processo de sequenciamento do vírus e trouxeram respostas rápidas sobre sua caracterização e comportamento. “Sequenciar o vírus é o primeiro passo em qualquer cenário pandêmico, a partir disso é possível entender sua evolução, criar um diagnóstico molecular, desenvolver vacinas, até chegar ao momento que estamos agora, de rastreamento e mapeamento de novas variantes. As ferramentas atuais são mais ágeis, o que possibilita obter com mais precisão os resultados e as respostas”, conclui.
Website: http://www.qiagen.com.br