Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, se encontraram nesta quarta-feira (16) em Genebra, na Suíça, para a 1º reunião entre os atuais mandatários dos dois países.
Putin afirmou, ao entrar na Villa La Grange – histórica construção do século 18 que é sede do encontro –, que espera que a conversa “seja produtiva”.
“Senhor presidente, gostaria de agradecer sua iniciativa de nos reunirmos hoje”, disse Putin.
“É sempre melhor nos encontrarmos cara a cara”, afirmou Biden.
Biden disse então que os dois líderes tentarão determinar áreas de cooperação entre os dois países e defender os interesses mútuos.
Biden é o 5º presidente americano a se encontrar com Putin desde que este chegou ao poder, no fim de 1999.
Genebra recebe os líderes no momento em que os dois países enfrentam um dos piores momentos de sua relação bilateral – foi lá também que, em 1985, sediou o histórico primeiro encontro entre Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov, então no auge da Guerra Fria.
Segundo um comunicado do Kremlin, a pauta envolverá discussões sobre estabilidade nuclear, mudança climática, segurança cibernética e o destino de cidadãos norte-americanos presos na Rússia e russos prisioneiros nos EUA.
Mas existe ainda a expectativa de que assuntos mais espinhosos devam ser abordados, como Ucrânia, Belarus, o destino do opositor russo preso Alexei Navalny (veja no vídeo abaixo), e os ciberataques russos, incluindo os que teriam influenciado eleições norte-americanas.
Além de Biden e Putin, estarão presentes os chefes de diplomacia dos dois países, Antony Blinken e Serguei Lavrov.
Após a reunião, durante a tarde, os dois presidentes concederão entrevistas separadamente, e não está prevista uma coletiva conjunta.
Embora reconheçam a importância da aproximação e da cúpula como um primeiro passo, nenhum dos lados nutre grandes expectativas de resultados efetivos para o encontro de Genebra.
“Não estou certo de que se chegará a qualquer acordo. Vejo esta reunião com otimismo prático”, disse o assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, que falou a jornalistas na terça-feira.
Opinião parecida foi emitida pela Casa Branca, que afirmou não esperar grandes anúncios, mas que as relações a longo prazo entre os países sejam mais “estáveis e previsíveis” após Genebra.
Fonte: G1