Quase dois terços (64%) endossam as críticas à Petrobrás, afirmando que tem “muita responsabilidade” pelos aumentos dos combustíveis.
Segundo a pesquisa IPESPE, nessa mesma categoria (de culpa superlativa) após a recente elevação dos preços, o Governo Federal aparece num distante segundo lugar, no mesmo patamar de março último (45%); os governos estaduais oscilaram para cima um ponto (40%), empatados com a Guerra na Ucrânia que recuou cinco pontos no mesmo período; subiu dois pontos a atribuição às gestões de Dilma e Lula, com 37%; e evoluiu três a responsabilização nessa categoria do STF, agora mencionada por 32%. Ou seja, as críticas contundentes à estatal, acompanhadas da troca de seu Presidente e do ministro da área, bem como do recurso ao STF relativo às alíquotas sobre o diesel do ICMS dos estados, parecem ter surtido efeito no sentido de redistribuir os danos de imagem associados ao problema.
Economia se entrelaça à aprovação e à avaliação. “Caminho certo” tem 33%; Aprovam o governo, 35%; e avaliam como “Ótimo ou bom”, 32%.
Na direção contrária, uma maioria expressiva segue apontando que a economia está “No caminho errado”, 62%; “Desaprovam” o Governo, 61%; e o classificam como “Ruim ou Péssimo”, 52%. Ao fundo, a questão da inflação: 72% dos entrevistados afirmam que os preços “aumentaram muito”, e 23% que “aumentaram” nos últimos meses. Adiante, a expectativa de 41% é de que ainda “vão aumentar muito”, e 23% acham que eles “vão aumentar”.
Intenções de voto espontâneas e estimuladas dos líderes não se mexeram. Lula manteve, respectivamente, 39 e 44%; e Bolsonaro, 29% e 32%.
Entre os demais, o quadro também fica estável, com pouquíssimas variações. Ciro marcou os mesmos 3% na questão espontânea, e 8% na estimulada; Doria subiu um ponto na primeira, com 2%, e também na segunda, chegando a 4%, o seu melhor número desde outubro passado; Tebet permaneceu com 1% na espontânea, oscilando um ponto na seguinte, atingindo 2%; Janones repetiu 1% na primeira questão, e 2% na segunda; os demais não pontuaram.
No segundo turno, o quadro é igual. Lula e Bolsonaro oscilaram para baixo um ponto, com a distância se mantendo nos mesmos 19 pontos. Lula, 53% X Bolsonaro, 34%.
Nos outros cenários, como se vê no Quadro abaixo, os concorrentes ou ficaram estáveis ou oscilaram um ponto apenas.
Na lista de “segunda escolha”, Ciro lidera com 27%; seguido por Doria, 7%, Lula, 4%; Tebet, 3%; Bolsonaro, Felipe D’Ávila, Janones e Vera têm 2% cada um deles; Eymael encerra a relação com 1%.
Esse ranking, traduzindo de certa forma o atual potencial de crescimento dos candidatos no primeiro turno, ajuda a entender o quanto os dois líderes estão perto dos respectivos tetos. Que todavia poderão, ou não, ser alterados ao longo da campanha.