O mercado financeiro reduziu a previsão de inflação para 2023, de 4,86% para 4,75%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (16). A estimativa está no limite do teto da meta de inflação, que é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Para os próximos anos, as projeções são de 3,88% em 2024, e 3,5% em 2025 e 2026. A meta de inflação para 2024 é de 3%, também com margem de 1,5 ponto percentual.
O BC informou que há 67% de chance de a inflação superar o teto da meta em 2023. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,26%, influenciado pelo aumento da gasolina. No acumulado do ano, a inflação está em 3,50%. Em 12 meses, chega a 5,19%.
Para tentar controlar a inflação, o BC usa a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic por 12 vezes seguidas desde março de 2021, chegando a 12,75% ao ano. Antes disso, a taxa estava em 2% ao ano, o menor nível da história.
O mercado espera que a Selic termine 2023 em 11,75% ao ano. Para os anos seguintes, as estimativas são de queda: 9% em 2024 e 8,5% em 2025 e 2026.
Juros mais altos têm o efeito de frear o consumo e a inflação, mas também podem prejudicar o crescimento econômico. Além da Selic, os bancos levam em conta outros fatores para definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de calote, lucro e custos operacionais.
Redução da Selic pelo Copom Pode Estimular Economia
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) opta por reduzir a taxa Selic, espera-se um barateamento do crédito. Essa medida tende a incentivar a produção e o consumo, o que pode resultar em uma diminuição do controle sobre a inflação e um estímulo à atividade econômica.
Expectativas do Mercado Financeiro para o PIB e Câmbio Mantêm-se Estáveis
As instituições financeiras mantiveram suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2023 em 2,92%, sem alterações nas últimas três semanas.
Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma total de bens e serviços produzidos no país. As projeções do mercado financeiro para os anos de 2025 e 2026 indicam uma expansão do PIB de 1,9% e 2%, respectivamente.
Em relação ao câmbio, a previsão é de que o dólar termine o ano de 2023 cotado a R$ 5. Para o final de 2024, espera-se que a moeda americana esteja cotada a R$ 5,05.
Fonte: Agência Brasil