O dólar comercial fechou a sexta-feira, 29 de novembro, pela primeira vez em sua história a R$ 6,001, marcando uma alta de 0,19%. A moeda americana iniciou o dia em forte tensão, chegando a R$ 6,11, mas a alta foi atenuada por declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que sinalizaram possíveis ajustes nas medidas fiscais do governo.
O anúncio de um pacote de cortes de gastos e o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda geraram preocupações no mercado financeiro, contribuindo para a valorização do dólar. A cotação fechou o mês de novembro com uma alta acumulada de 3,8%, enquanto o euro também registrou leve aumento, sendo cotado a R$ 6,348.
No mercado de ações, o índice Ibovespa reverteu a tendência negativa do início do dia e fechou com uma alta de 0,85%. Contudo, a bolsa ainda registrou uma queda de 2,46% na semana, acumulando perdas significativas em novembro. Esse desempenho reflete a instabilidade gerada pela incerteza quanto às medidas econômicas do governo e a resposta dos investidores às mudanças propostas.
O Banco Central optou por não intervir no câmbio, permitindo que o mercado reagisse aos anúncios fiscais e às declarações políticas. A alta do dólar e a recuperação parcial da bolsa refletem o ambiente de cautela e expectativa por novas orientações econômicas do governo.