Eleições em São Paulo: Marçal impõe condições para apoiar Nunes

Terceiro colocado no pleito, influenciador deixou claro que não apoiará diretamente o atual prefeito

Após quarenta e oito horas da apuração que definiu Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) para o segundo turno na disputa para prefeito de São Paulo. O terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB) fala para apoiadores em evento na Grande São Paulo impondo condições para apoiar o atual prefeito.

“Queria, antes de tudo, dizer que não vou apoiar o Ricardo Nunes. Eles se uniram contra mim, e agora o Boulos é problema deles”, afirmou Marçal, que alcançou 28,14% dos votos válidos no último domingo (6).

No entanto, Marçal deixa claro que apoiaria Nunes caso houvesse a inclusão de propostas contidas em seu plano de governo, como inteligência emocional nas escolas e educação financeira. O ex-candidato descreveu um possível apoio como um “milagre”. “Se me verem apoiando, é porque o milagre aconteceu. Malafaia, Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Tarcísio têm que me pedir desculpas. O Ricardo também tem que incluir minhas cinco principais propostas no plano de governo”, impôs.

O evento

Nomeado de “A Convocação”, o ato organizado por Marçal levou milhares de apoiadores à cidade de Barueri, lotando dois auditórios. Na entrada, apoiadores do influenciador lamentaram a derrota e comentaram que o apoio só aumentou, visando 2026. “Pablo é um nome importante. Sou da Zona Leste e lá ele foi muito bem, porque a população está atrás de oportunidades”, disse Juliana Alves, 35 anos, aluna de Marçal em cursos digitais.

Logo que Pablo subiu ao palco, os presentes gritaram “Marçal presidente”, o que o levou a insinuar uma possível candidatura em 2026. “Bom, são vocês que estão falando, já fica aqui o recado”, brincou. O evento também foi transmitido pelas redes sociais do influenciador e alcançou, segundo a organização, um pico de 100 mil espectadores ao vivo.

Futuro chamado 2026

Além de não descartar a possibilidade de uma candidatura à presidência em 2026, Marçal reafirmou seu papel no debate político. Com mais de 1,5 milhão de votos e desempenho em regiões periféricas de São Paulo, sua influência no cenário eleitoral, especialmente na ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser amplamente discutida até o próximo pleito presidencial. “A luta continua”, concluiu.

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