Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Estudos da FGV e UCLA indicam que revisão de regras da ANEEL pode inviabilizar novos investimentos em energia solar no Brasil

Setor gera benefícios econômicos de R$ 1,5 bilhão ao ano, além da previsão da criação de 600 mil novos empregos até 2035

619

A regulamentação proposta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que prevê taxar em 60% o setor de geração distribuída solar fotovoltaica pode inviabilizar a produção de energia solar e renovável no Brasil. É o que apontam três diferentes estudos que analisaram a revisão da Resolução Normativa (REN) 482 realizados por pesquisadores da FGV (Fundação Getúlio Vargas), representantes de entidades do setor e acadêmicos da UCLA (Universidade da Califórnia).

Investimento

Os estudos mostram que, desde o início da operacionalização, já foram investidos R$ 7 bilhões com a geração distribuída e criados mais de 100 mil empregos diretos. O cálculo de impacto na economia de consumo é da ordem de R$ 1,5 bilhão ao ano, além da previsão da criação de 600 mil novos empregos até 2035, segundo estimativas das entidades representativas.

Entre os ganhos destacados pelos especialistas está a inserção de energia elétrica no sistema durante o período diurno, quando se observa maior consumo social. Além da diminuição drástica de perdas, do uso de água dos reservatórios das hidrelétricas e da queima de combustíveis fosseis das termelétricas.

Geração de emprego e renda

O engenheiro Rodolfo Molinari, coordenador do grupo de estudo das associações brasileiras de energia solar, apresentou estudo técnico que defende os benefícios da GD como a geração de emprego e renda, a democratização e o protagonismo do consumidor como agente ativo do setor. Além do ganho de competitividade do mercado, a segurança energética do país, a diminuição da dependência unitária de usinas de grande porte e da regulação atual estar alinhada com o acordo de Paris.

“O discurso deve estar ancorado nos conceitos técnicos. Os dados do setor de GD mostram que a proposta da Aneel precisa ser repensada”, pondera.

Apesar dos números que sinalizam crescimento, a geração distribuída representa hoje apenas 1% da geração de energia no país. Atualmente, o Brasil possui 127 mil sistemas de microgeração distribuída fotovoltaica, equivalentes a 0,2% dos 84,1 milhões de consumidores cativos de energia.

Produção em risco

O professor do Departamento de Economia da Universidade da Califórnia (UCLA), Rodrigo Pinto, explica que a medida da Aneel representa a criação de um Imposto sobre Operações Energéticas, que vai gerar aumento no tempo de retorno do investimento em geração solar distribuída em mais de 20 anos. Segundo ele, isso torna a produção solar economicamente inviável no Brasil, especialmente em um mercado composto, em grande parte, por micro produtores residenciais que adquiriram a tecnologia de painéis fotovoltaicos para consumo próprio.

Na regulação atual, o produtor de energia solar oferece o excedente de energia elétrica produzida no período diurno, exatamente quando os consumidores demandam mais. E consomem o que foi gerado durante a noite, quando a demanda é menor.

Atualmente, o pequeno produtor de energia solar já paga uma quantia fixa de energia, mesmo no caso de ele produzir tudo o que consome. Segundo o professor da UCLA, o novo tributo de 60% na troca da energia desincentiva investimentos em painéis solares.

“A medida é benéfica apenas para as concessionárias distribuidoras, que mantém o brasileiro como consumidor cativo e asseguram o monopólio da venda de energia elétrica ao público final. Ao invés de incentivar a produção de uma energia limpa, renovável e mais barata, a taxação da Aneel promove uma substituição do sol brasileiro pelo gás boliviano. O que faz pouco sentido”, defende.

Tributação

A justificativa do tributo é baseada, principalmente, em um estudo do Ministério da Economia, que estima perdas de R$ 21 bilhões para sociedade em 15 anos. Segundo Rodrigo Pinto, o documento da pasta contém erros conceituais que ignoram os benefícios gerados. Quando corrigidas variáveis simples, os indicativos mostram que a energia solar gera cerca de R$ 5 bilhões em benefícios econômicos.

De acordo com ele, o incremento da energia solar também aumenta a segurança energética, diminui o risco de apagões, reduz os custos de transmissão de energia, diminui as perdas e posterga a velocidade dos investimentos necessários para ampliação de toda a infraestrutura energética do país.

“Além do impacto positivo na economia, o cálculo desconsidera também diversos benefícios ambientais e técnicos para a rede elétrica nacional. Ou seja, energia solar torna o sistema energético do país mais eficiente.” explica.

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.