São Paulo, abril de 2020 – Para oferecer uma alternativa de crédito emergencial e acessível na crise do Coronavírus, a MOVA, primeira fintech de ‘peer-to-peer lending’ aprovada pelo Banco Central como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), acaba de criar uma nova categoria de empréstimos especialmente desenhada para superar a falta de liquidez decorrente da pandemia.
A nova modalidade oferece empréstimo pessoal com juros entre 1,22% e 1,99% ao mês e 24 meses para pagar. Os clientes que não conseguirem pagar uma parcela nos primeiros três meses também poderão liquidá-la no final do contrato, sem multa ou juros de mora. A transação é realizada toda on-line e atende todo Brasil, evitando que seja necessário sair de casa.
“São condições significativamente melhores do que os 8% ao mês de juros cobrados pelo cheque especial”, assinala Roberto Tesch, CEO e sócio-fundador da MOVA.
Para agilizar a liberação do recurso, a fintech irá analisar rapidamente o histórico de crédito do consumidor. Além disso, irá aplicar uma análise comportamental e de relacionamento de longo prazo, liberando na primeira operação um limite de R$ 1 mil. A partir do pagamento das primeiras parcelas, poderá aumentar este teto até R$ 15 mil.
“Com isso, estaremos prontos para atender um número maior de pessoas e direcionar os recursos de forma mais eficiente ao longo do tempo”, explica Tesch.
Novas ferramentas
Conhecer melhor o cliente analisando seu comportamento nos primeiros pagamentos ajuda, mas não é suficiente para viabilizar o crédito emergencial. Por isso, antes de lançar o produto, a fintech teve que criar um sistema e mecanismos operacionais. Tais ferramentas permitem agrupar centenas de créditos em um mesmo pool de investimento pulverizado. Desta forma, pontua Tesch, foi possível reduzir os riscos, já que diversificar o crédito em muitos tomadores é mais seguro.
“Esse modelo só é possível porque a MOVA é uma instituição financeira do tipo SEP. Isso autoriza a realização de uma ponte direta entre investidores e tomadores de crédito, eliminando a intermediação bancária tradicional. Ao tirarmos o banco do meio da operação, o ganho que ficaria dentro da sua estrutura pode ser dividido entre investidores e pessoas que que precisam de crédito. Ou seja, uma operação de crédito que não compensa para o sistema bancário tradicional passa a fazer sentido no modelo de peer-to-peer lending”, elucida.
“Estamos vivendo um momento de crise sem precedentes e acreditamos que as soluções financeiras também devem ser pensadas fora da caixa. As pessoas estão com medo e a falta de dinheiro é uma constante. Criamos um crédito para quem foi pego de surpresa levando em consideração não apenas o histórico da pessoa, mas a construção de um relacionamento e a mitigação de riscos para os investidores por meio de pools compostos por centenas de solicitantes”, acrescenta o CEO.
Para montar o primeiro pool de crédito emergencial, a fintech analisou mais de dois mil solicitantes dentro deste perfil. As pessoas que quiserem fazer uma solicitação já podem se cadastrar. Para a concessão do empréstimo, é feita uma análise minuciosa que verifica diversas informações, tais como birôs de crédito, situação do CPF, PLD (Prevenção à Lavagem de Dinheiro), Serasa e outros.
A evolução do modelo peer-to-peer lending
“No modelo de peer-to-peer lending tiramos os bancos do meio da operação e conectamos o investidor diretamente com o tomador, o que nos permite viabilizar taxas de juros mais baratas e garantir maior retorno para o investimento. No caso do crédito emergencial, para mitigar riscos e reduzir ainda mais os juros permitimos que cada investidor aporte um valor bem baixo, de R$ 10,00, em cada crédito, levando ao limite o ditado popular que diz para não colocar todos os ovos na mesma cesta. Além disso, a MOVA reduziu as taxas de intermediação e apenas vai cobrar os custos de análise, tais como consultas nos birôs de crédito”, finaliza Tesch.
Em abril de 2019 a MOVA foi aprovada pelo Banco Central como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). A fintech foi a primeira instituição financeira regulada pelo órgão nesta modalidade, que permite que pessoas físicas e jurídicas invistam em créditos por meio de uma plataforma eletrônica, sem a necessidade de um banco intermediando a operação.
O modelo, também conhecido como “Peer-to-Peer Lending”, possibilita, ao mesmo tempo, baratear o crédito e oferecer um investimento mais rentável. Isso porque na modalidade é possível reduzir os custos operacionais com uso intensivo de tecnologia e aproveitar as possibilidades criadas pela regulação, que permite operar com uma estrutura enxuta, sem agências físicas e com um conjunto menor de requisitos, viabilizando técnicas de modelagem financeira e estruturação de dívida que antes eram muito caras para operações menores.
“Nosso sistema proprietário torna mais barato aplicar métodos de redução de risco em maior escala. Diminuiu o custo do acesso à informação para analisar a capacidade de pagamento do solicitante, assim como ficou menor o custo para formalizar garantias e criar contas vinculadas, bem como aumentou a segurança jurídica dos contratos eletrônicos”, analisa Tesch.
As condições
Como condição para que o financiamento seja liberado, o candidato ao empréstimo não pode ter restritivos na consulta do CNPJ e do CPF. Antes de saber quanto vai pagar, o solicitante e sua proposta são analisados pela MOVA. Oferecer garantias aumenta as chances de aceitação, mas não é um pré-requisito. As propostas aprovadas recebem uma nota de risco e os juros são proporcionais a ela. Se estiver de acordo com a taxa, a empresa pode completar a requisição e os investidores começam a bancar as cotas do financiamento.
A expectativa da MOVA é alcançar, a partir de dezembro de 2020, a marca de R$ 20 milhões mensais em investimentos realizados por sua plataforma. “Nossa meta para o ano que vem é emprestar um total de R$ 50 milhões. A previsão para os próximos meses é receber 2 mil pedidos de empréstimo em nossa plataforma por mês”, completa Tesch.