A batalha em prol da redução dos resíduos plásticos está mais em alta do que nunca. Segundo a revista científica Science, 275 milhões de toneladas de plástico vão para o lixo todo ano, mas as empresas aos poucos tentam reverter a situação. Após a polêmica dos canudos, em defesa da vida marinha, e da iniciativa da Lego (link) para não produzir mais plástico à base de petróleo, chegou a vez das fábricas se juntarem contra as garrafinhas de água feitas de polietileno.
As concorrentes Pepsico, Danone e Nestlé Waters se juntaram em busca de um material que substitua o PET (polietileno tereftalato) tradicional. Apesar de ser reciclável, ele demora 400 anos no processo de degradação. No total, são produzidas 20 toneladas desse plástico por ano, e sua fabricação vem do petróleo. Para as empresas, encontrar uma base alternativa ajudaria a reduzir também as emissões de carbono.
Para o projeto, as marcas buscaram a empresa americana Origin Materials, responsável pelas pesquisas e testes em busca da criação de garrafas plásticas feitas a partir de fibras de celulose – papelão usado, serragem, entre outros materiais.
Em 2012, a Crystal já tentava algo parecido. A marca lançou garrafas de água com 20% menos plástico e com 30% do PET feito a partir de cana-de-açúcar. A iniciativa recebeu algumas críticas já que o plástico se amassava facilmente, impedindo que a garrafa fosse reutilizada.
Através dos estudos realizados, entretanto, ainda no ano passado a parceria das três marcas já chegou a um resultado inovador e mais satisfatório: conseguiram produzir amostras de PET com 80% de base biológica. O objetivo é que a partir de 2020 as garrafas sejam feitas 75% de PET de origem vegetal para aos poucos aumentar essa porcentagem até que chegue a 95%. Em uma fábrica construída com essa finalidade no Canadá, as empresas produzirão 18.000 toneladas do material destinadas às garrafinhas.