O PIB da China teve uma queda de 6,8% no primeiro trimestre de 2020, fortemente impactada pelo surto do novo coronavírus.
O resultado ficou pior que as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam um recuo de 6% da atividade da segunda maior economia do mundo neste início de ano. Outras projeções, porém, apontavam dados diferentes: a Reuters estimara queda de 6,5%, enquanto o Wall Street Journal esperava uma retração de 6,8%.
Esta foi a primeira contração trimestral da China desde 1992, quando teve início a divulgação dos dados do governo local. No quarto trimestre do ano passado, a economia chinesa registrou crescimento de 6%.
Atividades econômicas
Boa parte das atividades econômicas da China foram interrompidas em janeiro, quando o surto do coronavírus ganhou força no país. Foram implementadas quarentenas em larga escala, paralisando a maior parte da produção da segunda maior economia do mundo.
No primeiro trimestre, as vendas no varejo na China caíram 19% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a produção industrial caiu 8,4% no mesmo período, mostraram os dados.
Entre janeiro e fevereiro, as exportações caíram de forma acentuada em relação ao ano anterior, com grande retração da atividade manufatureira.
No fim de março, o governo chinês começou a retomar as atividades no país, com o trabalho sendo reiniciado em muitas empresas.
Reação do mercado
Apesar da forte queda no PIB da China, o número não parece ter tido grande impacto no mercado, principalmente porque as projeções estavam bastante dispersas, com algumas análises esperando um PIB até pior.
Os índices futuros americanos seguiram o movimento de forte alta registrado desde a abertura dos negócios desta noite, com ganhos de cerca de 3,5%, impulsionados pela publicação de um relatório informando que um dos medicamentos fabricados pela Gilead Sciences mostrou resultados promissores no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19.
Fonte: Infomoney