As vendas nos supermercados do país cresceram 3,62% no ano passado, informou hoje (12) a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Considerando apenas o mês de dezembro, o crescimento foi 2,30% em comparação com o mesmo mês de 2018 e de 16,36% na relação com novembro.
Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto, o resultado é motivo de comemoração. “Ficou acima da nossa projeção inicial, de 3,00%. Quando falamos em vendas, todo número superior ao esperado é sempre bom. O ano de 2019 foi de muita expectativa para os empresários brasileiros, que vislumbraram no novo governo uma “luz no fim do túnel”. E ela veio. Não tão forte como gostaríamos, mas o suficiente para nos impulsionar a acreditar que o Brasil, após iniciar importantes mudanças estruturais, principalmente de incentivo a simplificação e desburocratização do ambiente empresarial, e avanços na agenda das reformas, dará a volta por cima”, declara o presidente.
Abrasmercado
Em dezembro, o Abrasmercado, indicador que analisa os preços dos 35 produtos mais consumidos no autosserviço, registrou crescimento de 8,11% na comparação com novembro, chegando ao valor de R$ 522,35.
No último mês do ano as maiores quedas nos preços foram registradas nos itens: cebola (-8,21%), cerveja (-0,96%) e café torrado e moído (-0,77%). As maiores altas foram verificadas no tomate (20,19%), carne dianteiro – acém, cupim, paleta ou músculo (16,71%), feijão (16,23%) e carne traseiro – alcatra, filé mignon, picanha, coxão mole e patinho (15,56%).
Índice de Confiança
O otimismo dos empresários de supermercados alcançou a quarta alta consecutiva em dezembro, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista. Numa escala de 0 a 100, em que acima de 50 representa otimismo, a pesquisa registrou 63,6 pontos. Na avaliação anterior, em outubro, o índice estava em 56,6 pontos.
Projeções
Sobre a projeção de vendas dos supermercados da ABRAS para 2020, o presidente está otimista. “Esperamos 3,90% de crescimento neste ano, um número superior ao projetado em 2019 porque acreditamos que o país, embora ainda de forma gradual, já está com uma economia em recuperação. Um número bem significativo para o nosso setor, acima do PIB, estimado em torno de 2,30%, pelo governo.”
Fonte: Agência Brasil