O presidente Jair Bolsonaro inicia seu segundo ano de mandato registrando oscilações negativas de popularidade, tanto na avaliação de seu governo quanto na expectativa para o restante de seu mandato. Ambas caíram 3 pontos percentuais, dentro do limite da margem de erro da pesquisa XP/Ipespe de janeiro.
Avaliação
No primeiro mês de 2020, 32% avaliaram a administração de Bolsonaro como ótima ou boa (contra 35% em dezembro) e 40% disseram ter expectativa positiva para o restante do mandato (eram 43% em no fim de 2019) – é o mais baixo índice de expectativa positiva desde o início da série, em novembro de 2018.
A avaliação negativa do governo Bolsonaro se manteve estável em 39%. Enquanto a expectativa ruim ou péssima para a continuidade do governo oscilou, também para baixo, de 34% para 33%.
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional nos dias 13, 14 e 15 de janeiro.
Partidos políticos
De acordo com a pesquisa, os partidos políticos continuam como a instituição que menos desperta confiança da população – apenas 6% dizem confiar nas legendas. O percentual vem caindo desde dezembro de 2018, quando 10% diziam depositar confiança neles.
A Presidência da República registrou um salto expressivo de desconfiança. Em dezembro de 2018, logo após a eleição de Bolsonaro, mas antes que ele assumisse o mandato, eram 36% os que diziam confiar no Executivo. Esse número saltou para 45% no quarto mês de seu mandato e voltou a 37% agora.
O levantamento testou ainda a percepção em relação a violência e criminalidade no país. Para 54%, elas aumentaram ou aumentaram muito nos últimos 12 meses, ainda que os dados oficiais divulgados mensalmente pelo Ministério da Justiça indiquem o contrário.
Atuação internacional
Os entrevistados foram questionados pela primeira vez sobre a percepção em relação ao comportamento do país no cenário internacional. Sem que a pergunta fizesse relação com a crise envolvendo EUA e Irã, 55% disseram que o apoio do governo Bolsonaro ao governo americano, de maneira genérica, pode trazer consequências negativas para o Brasil.
No questionário, a pergunta de avaliação das consequências da posição brasileira foi feita antes da que indagou os entrevistados sobre o conhecimento da crise envolvendo os dois países.
Confira a pesquisa completa através do link: Pesquisa XP_ 2020_01
Fonte: XP/Ipespe