São Paulo – SP 28/6/2021 –
Envelhecimento da frota de veículos vem alavancando os números de manutenção e troca de peças no Brasil
Responsável por movimentar R$ 100 bilhões na economia nacional, o setor de reposição automotiva deverá crescer 7% até o ano de 2023. É o que aponta um estudo promovido pela consultoria McKinsey, que foi apresentado de forma inédita durante o 2º Encontro da Indústria de Autopeças, realizado em abril pelo Sindipeças.
Apesar do otimismo gerado, esses números foram baseados no envelhecimento dos veículos, com destaque para os carros de passeio, que não devem aumentar e renovar sua frota de forma significativa nos próximos anos. Dessa forma, a expectativa é de que seja gerada uma maior demanda de manutenção e substituição de componentes, mostrando que, diferentemente de outros setores da economia, a reposição automotiva se tornou um segmento privilegiado.
De acordo com o sócio sênior da McKinsey, Roberto Fantoni, apesar de o crescimento do aftermarket não ter atingido as expectativas iniciais, foi “relativamente saudável” ao longo de 2020, período marcado pela pandemia da Covid-19. Ele também explicou que, se por um lado a desvalorização do câmbio no último ano aumentou os custos de peças importadas, por outro abriu uma série de novas possibilidades de exportação.
Participação por tipo de veículo
Ainda segundo a pesquisa, a quantidade de automóveis com 12 anos ou mais de uso deverá aumentar, passando dos atuais 41% para 45% já em 2022. Mesmo assim, a frota de carros novos se manterá estável, com 14% de participação na frota de veículos no país. No ranking geral, os transportes de passeio deverão representar 62% do segmento automotivo, enquanto os veículos pesados somarão 28%, e as motocicletas responderão pelos outros 10%.
Brechas para crescer
Analisando o relatório da McKinsey, é possível encontrar muitas oportunidades para o desenvolvimento do setor, principalmente no que diz respeito à distribuição de autopeças. Para efeito comparativo, atualmente, nos EUA, metade desse mercado é dominado por apenas quatro grandes marcas. Já no Brasil, as quatro principais empresas têm somente 10% de participação, abrindo espaço suficiente para mais concorrência.
De acordo com o sócio sênior da consultoria, Roberto Fantoni, há também uma forte tendência de entrada de novos players no segmento automotivo a partir da oferta de serviços, e não somente de produtos. Nesse sentido, há uma lacuna a ser preenchida no Brasil: as oficinas daqui chegam a atender a quase três vezes menos do que as norte-americanas, indicando uma falta de consciência dos proprietários a respeito da manutenção veicular.
Diante desse cenário, marcas e fabricantes de componentes e peças automotivas podem aproveitar oportunidades em um mercado com excelente potencial de crescimento a ser explorado. De olho nisso, muitas empresas vêm inovando no comércio e manutenção preventiva, como vendas de bateria delivery para aplicação em veículos, sistemas de telefonia, nobreaks, alarmes, entre outros.
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