30/6/2021 –
Multinacional dinamarquesa promove iniciativa Green Restart para que avanços na economia após a pandemia estejam associados a geração de novas oportunidades e redução de impactos ambientais
Além de representar o principal meio para se contornar a pandemia de COVID-19 e restabelecer a normalidade da saúde pública em nível global, o progresso da vacinação contra o novo coronavírus em diversos países tem trazido perspectivas positivas para o funcionamento da economia e de mercados variados, com as atividades econômicas tendendo a ganhar cada vez mais força. Com esse cenário em vista, a Danfoss, multinacional dinamarquesa líder em fornecimento de soluções para diversos setores, criou a iniciativa Green Restart em nível global para fomentar a recuperação com foco em um crescimento sustentável, reduzindo os níveis de emissões carbônicas.
O planejamento e estruturação das empresas para um contexto de retomada não apenas surge como uma necessidade para elas atuarem da forma mais assertiva possível, mas pode significar, principalmente, outras possibilidades em sentido amplo para vários mercados. Entre elas, está a implementação de novas tecnologias que permitem produzir com menor impacto ambiental e até mesmo gerar empregos. “Historicamente, o período pós-crise mundial abre espaço para novas oportunidades. É o que ocorre, por exemplo, com a consolidação da cooperação internacional, de acordos de paz e reestruturar os sistemas financeiros. Por isso, com base em estudos, temos buscado incentivar que a retomada seja feita com um uso cada vez mais amplo de tecnologias que já estão disponíveis e podem contribuir para reduzir emissões e criar novas perspectivas”, explica Julio Molinari, presidente da Danfoss na América Latina.
Um dos alertas que justifica esse posicionamento da multinacional vem da Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo a entidade, emissões globais devem aumentar em 5% em 2021, registrando, assim, o segundo maior aumento da história. Esse aumento de cerca de 1,5 bilhões de toneladas é impulsionado pelo ressurgimento do uso de carvão no setor de energia e resultará em um volume total de quase 33 bilhões de toneladas.
Molinari acredita que os impactos desse cenário só poderão ser revertidos com um forte engajamento de diversas partes envolvidas que levem a uma mudança significativa na forma de todos atuarem. “É preciso que governos, empresas e a sociedade em todo o mundo ajam no sentido de reaquecer a economia e achatar a curva das emissões. Hoje, temos três setores muito importantes para a recuperação econômica que são, tradicionalmente, grandes emissores de carbono: transporte, edifícios comerciais e a indústria. Para descarbonizá-los, os setores de edifícios, indústria e transporte precisam focar em eficiência energética, eletrificação e integração. É fundamental que eles, como outros, tomem parte neste esforço”, diz o executivo.
O setor de transporte, por exemplo, é responsável por um quarto das emissões globais de carbono. Para cumprir a meta climática de 1,5ºC, estabelecida no Acordo de Paris, o total emitido por este setor precisaria ser reduzido em 28%. Um dos caminhos já testados e comprovados para se mudar esse panorama é acelerar a eletrificação de ônibus, carros, caminhões, balsas e embarcações. Para incrementar a adoção destes veículos elétricos, as cidades necessitariam de infraestrutura inteligente alimentada por energia verde, desde estações de carregamento nas ruas a construções de unidades auxiliares de energia em diversos pontos. Estudos indicam que investir em mobilidade elétrica, além de reduzir as emissões, também poderia estimular a economia e criar 1 milhão de empregos até 2030 na Europa.
Outro setor altamente relevante, de edifícios comerciais, são responsáveis por 40% do uso global de energia e cerca de metade das emissões em toda uma cidade. Para chegar à meta do Acordo de Paris, precisaria reduzir suas emissões em 33%. “Com estes números, é simplesmente indispensável que este mercado adote novas soluções e equipamentos de forma ampla para que se possa fazer uma retomada econômica que efetivamente favoreça a uma redução de emissões de carbono”, pontua Molinari.
Uma das formas com menores custos para se reduzir o uso de energia de construções já existentes é por meio do retrofit e a consequente otimização de sistemas de ventilação, ar condicionado e aquecimento. Os sistemas de HVAC atuais geram comprovadamente redução de até 30% do consumo de energia. Fazer com que as construções tenham eficiência energética, além de estimular a economia, pode gerar empregos. Estudos indicam que para a cada mil euros investidos em eficiência energética, 18 novos postos de trabalho são criados.
Já a indústria, de uma forma geral, é responsável por 20% do total das emissões de gases de efeito estufa. Estima-se em 8% a redução do consumo de energia até 2040 com a automação de estruturas e adoção em larga escala de motores controlados por inversores de frequência, ao mesmo tempo em que soluções digitais aumentam o tempo de produtividade ao prever as necessidades de manutenção e reduzem o consumo energético. “É mais do que necessário repensar a produção para se fazer um uso mais eficiente dos recursos de energia, como usar a força motriz inteligente para otimizar as velocidades dos motores elétricos”, conclui o presidente da Danfoss na América Latina.
Website: http://www.danfoss.com.br