São Paulo 19/8/2021 –
A pandemia causou uma grande mudança no mercado. Em um primeiro momento, o trabalho se tornou 100% remoto. Com o passar do tempo, houve flexibilizações e algumas pessoas sentiram a necessidade de voltar ao escritório por diversos motivos: porque não se sentiam à vontade na nova rotina, o rendimento não era o mesmo que no modelo presencial, sem contar os desafios do home office.
A pandemia causou uma grande mudança no mercado. Em um primeiro momento, o trabalho se tornou 100% remoto. Com o passar do tempo, houve flexibilizações e algumas pessoas sentiram a necessidade de voltar ao escritório por diversos motivos: porque não se sentiam à vontade na nova rotina, o rendimento não era o mesmo que no modelo presencial, sem contar os desafios do home office. No meio disso, as empresas começaram a discutir qual seria o principal modelo de gestão a ser adotado. Esse é um momento crucial, em que muito se fala do trabalho a distância quando na verdade o que está em ascensão é um modelo híbrido.
A liderança tem nas mãos um desafio, que é conseguir fazer uma gestão igualitária no quadro de funcionários. Entre os principais impactos da pandemia estão questões como engajamento e produtividade. Isso leva a um comando que precisa ter um acompanhamento com mais flexibilidade e, entendendo a diversidade presente, a realidade de cada um: casais com filhos, pessoas que moram com os pais, sozinhas, com cachorro etc. É importante conhecer as necessidades de seu colaborador, estar presente em seu dia e perceber as necessidades dele – esse é um dos fatores-chaves na retenção de talentos. Não é apenas o empregado se adequar à forma de trabalho, mas o trabalho se encaixar nas suas skills.
Um dos desafios enfrentados nas empresas com a pandemia é a comunicação entre as pessoas. No escritório existe uma estrutura física que facilita esse canal, mas agora são “escritórios” individuais, e a maioria das empresas e pessoas não estava preparadas para isso. O segmento de benefícios foi um dos mais impactados, já que muitos colaboradores, ao trabalharem em casa, não tinham a possibilidade de usar o vale-transporte e o vale-refeição. As empresas tiveram que pensar rapidamente em como entregar esses benefícios de forma que se adequassem à nova realidade, com uma ampla rede de aceitação e flexibilidade de uso. É sabido que, para um candidato ou atual empregado, o pacote de benefícios é um dos quesitos decisivos na hora de aceitar ou mudar de emprego.
É importante destacar também a questão de cuidados na gestão emocional dos colaboradores. A fase de isolamento provocou um abalo, gerando variações não apenas em relação ao rendimento, mas também à capacidade de se estar conectado frente a frente com seus colegas. Cada vez mais se faz necessário cuidar do profissional em seu ambiente de trabalho (que também é a casa dele) e ir além, pois o ambiente pessoal está agregado. Nesse momento, mais do que nunca o apoio psicológico foi fundamental – mais um cuidado que as empresas podem demonstrar para com sua equipe.
O trabalho remoto tem suas vantagens, como a possibilidade de ampliar o leque para candidatos de outras cidades e estados. A busca por talentos ficou mais diversificada, o que contribui muito para uma liderança com olhares diferentes. E isso na visão do negócio, quando se fala de benefícios para todos os colaboradores, é muito positivo, pois consegue-se olhar não só através do nosso ponto de vista, mas entender melhor realidades diferentes para entregar uma comunicação mais clara e inclusiva, um produto diferenciado, que realmente fale com todos e não só com alguns.
Uma vez conquistados, é preciso mantê-los. Para isso, promover cultura, engajamento e momentos em que todos possam estar focados e empenhados é fundamental. Isso é um desafio quando cada um está em um lugar diferente: oferecer uma boa estrutura que atenda às necessidades, garantir qualidade na internet para quem está remoto e sempre pensar em acolher as pessoas que querem vir para a empresa. No momento em que estamos, essas preocupações são muito importantes na retenção de talentos, e isso transcende o salário.
É preciso fomentar o engajamento e a diversidade, para que todos estejam alinhados no fim do dia e entreguem o melhor produto. Oferecer o melhor benefício a todos os colaboradores, independentemente de onde estiverem ou quem forem, faz a empresa crescer e o produto dela ficar melhor a cada dia. Lembre-se de que as pessoas são fatores diferenciais de qualquer negócio.
*Eduardo Haidar é o cofundador da Vee Benefícios, HR tech de benefícios flexíveis – vee@nbpress.com.