São Paulo 8/10/2021 –
O setor, no mesmo período, criou 156 mil empregos
Baseado em informações e dados de 17 Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) relacionados à Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) e Energia, o estudo Impacto de Institutos de Ciência e Tecnologia Privados no Brasil revela pela primeira vez as repercussões socioeconômicas e relativas à geração de tecnologia das entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) focadas no amparo ao setor privado no país.
Com apoio da Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI), o levantamento foi conduzido pela Deloitte e contou com a participação dos seguintes ICTs de alta representatividade: Atlântico, BRISA, Fundação CERTI, CESAR, CPQD, Instituto Eldorado, FIT – Instituto de Tecnologia, FITec, Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, INDT, Instituto de Pesquisa do Centro Universitário Facens, Instituto Recôncavo de Tecnologia (IRT), Lactec, Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), NEPEN, SiDi e Venturus Centro de Inovação Tecnológica.
De acordo com o estudo, as atividades realizadas pelos institutos combinadas às tecnologias e conhecimentos produzidos adicionaram à economia R$ 6,2 bilhões em 2020, além de gerar mais de R$ 24,7 bilhões em receita total e 156,9 mil empregos. A pesquisa aponta também que mais de R$ 5,9 bilhões foram arrecadados em tributos decorrentes das ações das entidades nas esferas federal, estadual e municipal.
Entre 2018 e 2020, as dez áreas de conhecimento mais recorrentes entre os projetos de PD&I realizados pelos ICTs participantes foram as de Processamento em linguagem natural – NLP, Analytics e Business Intelligence, Rede de dados, Comunicação móvel, Redes de Comunicação e 5G, Cloud Computing, Inteligência Artificial e Machine Learning, Internet das Coisas, Eletrônica embarcada em Consumer Electronics, Circuitos integrados e Sistemas Eletrônicos, e Controle, Automação e Robótica.
Atendendo a clientes em mais de 30 setores, os ICTs privados se concentram no segmento de Tecnologia da Informação, Produtos Eletrônicos e Ópticos, que responde por 47% do volume de contratos. Mesmo com conhecimento especializado e globalmente pertinente, os institutos atuam em grande parte para clientes que operam no Brasil – apenas 5% deles estão no exterior.
O material destaca ainda que os mecanismos de fomento e incentivos correspondem à maioria dos recursos que financiam os projetos de PD&I e serviços especializados no país – 54% foram provenientes da Lei de Informática no ano passado.
Com base na avaliação dos principais projetos de PD&I desenvolvidos pelos ICTs privados, o levantamento destacou a presença de tecnologias relevantes e de equipes de colaboradores altamente qualificados nos institutos analisados. Segundo os dados apurados, entre os funcionários dedicados à atividade de produção de conhecimento (o que equivale a 85% do quadro total), 12% dos profissionais são pós-graduados, enquanto 13% são mestres e doutores.
As informações compiladas pela Deloitte enfatizam o papel dos ICTs na academia e para as empresas: além da publicação de centenas de artigos técnico-científicos e dissertações de mestrado por ano e desenvolvedores de patentes, os institutos já ajudaram na estruturação de mais de 550 startups de diversos setores, principalmente as voltadas à Tecnologia da Informação.
“O estudo confirma o importante papel que os Institutos de Ciência e Tecnologia Privados desempenham no Brasil, tanto no aspecto de pesquisa, desenvolvimento e inovação, quanto econômico. As conclusões revelam não só as capacidades e potencialidades que o setor tem para contribuir com as empresas, mas também as oportunidades que o país possui para alavancar o ecossistema de inovação nacional como um todo”, afirma Paulo Rogério Foina, presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI).