Empresas investem em logística reversa de olho nas tendências de mercado

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São Paulo, SP 10/2/2022 – A tendência é automatizar para atingir mais precisão no processo logístico.

Consumidores estão mais conscientes dos impactos da produção no meio ambiente e exigem ações mais sustentáveis sob pena de boicote às marcas.

Conhecer mais a fundo a origem do processo produtivo e os conceitos de logística sustentável das empresas tem sido cada vez mais comum entre consumidores. O assunto foi, inclusive, apontado pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) como uma das prioridades para 2022.

De acordo com estudo da Dentsu International, em parceria com a Microsoft Advertising, realizado no ano passado, 91% dos entrevistados disseram preferir empresas que façam escolhas acertadas para o planeta. A pesquisa aponta que a falta de ações que repensem os impactos nas mudanças climáticas resultará no boicote de três a cada cinco consumidores às marcas sem comprometimento com a causa.

O levantamento contou com a participação de 24 mil consumidores de 19 países em todo o mundo. Desse universo, 87% afirmaram ter disposição para aderir a um estilo de vida mais sustentável como forma de contribuir para o meio ambiente.

Especialista há 21 anos nas áreas de logística, controle de qualidade e atendimento ao cliente, Fabiano de Jesus Dias, confirma essa tendência para 2022. “É notória a necessidade de uma boa estratégia voltada para os recursos sustentáveis, com redução considerável de gases poluentes, soluções que respeitem o meio ambiente, melhor aproveitamento desses recursos e redução de desperdícios. São itens primordiais para as empresas que atuam no segmento logístico, pois essa visão faz com que as organizações tenham rentabilidade e sejam reconhecidas e destacadas dentro de um mercado tão competitivo”, afirmou.

A chamada logística reversa, que é quando o processo produtivo engloba o retorno de materiais já utilizados ou descarte ecológico de materiais, é tida como uma das tendências a serem seguidas este ano, mas já vem sendo notada pelos consumidores mais atentos aos danos ambientais provocados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Dados divulgados em 2021 pela Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da WWF, demonstram um crescimento de 71% nas pesquisas por produtos sustentáveis nos últimos cinco anos.

Outras tendências – Além da pegada ambiental, o futuro das empresas reserva mais investimento no atendimento das compras on-line. A modalidade, inclusive, é apontada como uma das tendências para 2022, no relatório da Vendemmia, uma empresa do setor. Segurança no manuseio preciso de embalagens e pacotes, precisão pela pontualidade, entrega sem erros e agilidade no sistema de suporte ao cliente foram elencados como os pilares que garantirão clientes satisfeitos e uma vantagem sobre os concorrentes.

O prazo na entrega também é essencial para o e-commerce. Para 49% dos entrevistados no relatório de 2022 da Capterra, esse item tem mais importância, inclusive, que o preço do produto. De 1.063 pessoas ouvidas, 95% gostariam de encurtar o tempo de espera.

“Com o aumento da demanda nas vendas on-line e entregas express, as empresas precisam investir em logísticas rápidas, garantindo a entrega em tempo menor que a concorrência, o que resultará no aumento da sua demanda, fazendo delas destaque no segmento e, consequentemente, com lucros maiores que as demais”, frisou Fabiano Dias.

Outro ponto destacado pelo especialista como prioritário é o de investimento na automatização dos processos. “Muitas empresas ainda não fazem uso desse processo por ter um custo alto, mas levando em consideração os ganhos que se tem. A tendência é automatizar para atingir mais precisão no processo logístico”, explicou.

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