Governo não recusou ajuda do Uruguai: helicóptero do país ajuda nas operações de resgate do RS
Nota oficial do governo brasileiro diz que o helicóptero emprestado pelo país vizinho e amigo está em operação no estado e que o aparelho é “de grande valia para” o auxílio dos socorristas.
O Palácio do Planalto divulgou nesta quarta-feira uma nota na qual diz que o governo brasileiro não recusou a oferta de ajuda feita pelo Uruguai para as operações de socorro às vítimas das cheias no Rio Grande do Sul.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o secretário executivo do Rio Grande do Sul, José Henrique Medeiros Medeiros Pires, disse que o governo do Uruguai havia dado luz verde para o pedido de empréstimo de duas lanchas motorizadas com os tripulantes, dois drones para buscas de pessoas isoladas com os operadores e de um avião Lockheed KC Hércules, que serviria para levar as lanchas a região e transportar doações humanitárias.
Ainda segundo Pires, as informações “extraoficiais” do Comando Operacional da região, que é liderado pelo Exército, era que a ajuda “não era necessária”.
Procurada, a assessoria de imprensa do governo gaúcho não respondeu à CNN.
Em caráter reservado, fontes do governo federal reclamaram a postura do governo gaúcho, que divide as responsabilidades dos resgates com as Forças Armadas e um efetivo enviado pelo governo federal.
A nota oficial do governo brasileiro disse ainda que um helicóptero emprestado pelo país vizinho e amigo está em operação no estado e que o aparelho é “de grande valia para” o auxílio dos socorristas.
“O Brasil é grato ao Uruguai pelo pronto-auxílio. São falsas, portanto, as notícias de que o Brasil teria desprezado ajuda do Uruguai ou qualquer outro país. Todas as ofertas de auxílio são bem-vindas, serão analisadas conforme a adequação às urgências e serão bem recebidas.”
O Palácio do Planalto esclareceu que juntamente com o helicóptero, o Uruguai também ofereceu um modelo específico de avião.
“Neste caso, a avaliação técnica foi a de que o aparelho, em razão de suas características, não seria adequado para o tipo de operação exigida e a infraestrutura aeroportuária disponível. Considerando ainda que já há no Rio Grande do Sul avião em operação da frota brasileira com a mesma funcionalidade do ofertado, a conclusão foi a de que não havia necessidade desse tipo de aeronave”, disse a nota.
Fonte: CNN Brasil