Dólar chega a R$ 5,73: Impactos da inflação e economia chinesa
Crescimento econômico chinês: o significado da redução das taxas de juros
O dólar se aproxima de R$ 5,73 nesta segunda-feira (21). Essa movimentação ocorre após o Banco Central do Brasil divulgar o Boletim Focus, que ajustou a expectativa de inflação para 4,5% neste ano, alcançando o limite da meta estabelecida. A moeda norte-americana subiu 0,40% às 10h20, cotada a R$ 5,7209, com pico diário de R$ 5,7351.
O cenário também inclui a China, que novamente reduziu suas taxas de juros para impulsionar uma economia que enfrenta dificuldades. O governo chinês visa um crescimento de 5,0% no Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, e as recentes decisões de política monetária fazem parte desse esforço. Esta semana será marcada pela divulgação da prévia da inflação brasileira e de dados econômicos dos Estados Unidos.
No último Boletim Focus, os economistas revisaram para cima as projeções de inflação, aumentando a previsão para 4,50%, uma elevação significativa em relação aos 4,39% da semana anterior. Esse ajuste ocorre em um contexto em que a meta de inflação do Banco Central para 2024 é de 3,00%, com um intervalo de aceitação entre 1,50% e 4,50%.
Além disso, as expectativas para o crescimento do PIB brasileiro também foram elevadas, agora projetando uma expansão de 3,05% para este ano. A taxa de câmbio esperada para o final de 2023 é de R$ 5,42, enquanto a Selic permanece inalterada em 10,75%, com previsões de novas altas para controlar a inflação.
Porém, o Banco Popular da China (PBoC) cortou suas taxas de juros para estimular sua economia, que cresceu apenas 4,6% no segundo trimestre. Esse desempenho ficou abaixo das expectativas e reforçou a necessidade de medidas de estímulo. Analistas destacam que, além das reduções nas taxas de juros, há também a possibilidade de uma diminuição nos requisitos de reservas para os bancos comerciais no final do ano.