Contratações no setor industrial crescem 75% e jovens lideram, um bom sinal para o governo sob pressão por cortes

Setor industrial criou 405.493 novos postos de trabalho de janeiro a setembro

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O setor industrial brasileiro registrou aumento no número de postos de trabalho nos nove primeiros meses de 2024, com destaque para a contratação de jovens. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria criou 405.493 novas vagas de janeiro a setembro, um crescimento de 75,5% em relação aos 230.943 postos registrados no mesmo período de 2023.

Em setembro, foram gerados 59.827 empregos industriais, representando um aumento de 40% em relação ao mesmo mês de 2023. Além disso, houve um crescimento de 16% em relação a agosto. Do total de vagas abertas, 93% vieram da indústria da transformação, especialmente nos setores de alimentação, borracha e material plástico, e veículos automotores.

O Nordeste se destacou como a região com mais contratações, respondendo por 42,4% das novas vagas. O Sudeste ficou em segundo lugar, seguido pelo Sul, Norte e Centro-Oeste. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, programas do governo federal, como o Mover para o setor automotivo e a Depreciação Acelerada, têm contribuído para o aumento das contratações.

A pasta comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também destacou planos de investimentos que abrangerão diversos setores da indústria, impulsionando o crescimento econômico.

“Como resultado, o setor produtivo já anunciou planos de investimentos que chegam a R$ 1,6 trilhão para os próximos anos, R$ 1,06 trilhão da indústria da construção, R$ 130 bilhões do setor automotivo, R$ 120 bilhões de alimentos, R$ 105 bi de papel e celulose, R$ 100 bi de semicondutores e eletroeletrônicos; R$ 100 bi de siderurgia e R$ 39,5 bi do complexo industrial da saúde”, destacou o ministério em texto divulgado pela Agência Brasil.

O aumento nas contratações é um sinal positivo para o governo, que enfrenta desgaste em outros setores da economia. A indefinição nas eleições americanas, a pressão do mercado por cortes de gastos e a alta do dólar nos primeiros dias de novembro criaram um cenário desafiador para o governo federal.

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