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Como os protestos nas universidades americanas representam um risco para reeleição de Biden

Prisões e confrontos violentos evocam temores de repetição do caos na convenção democrata de 1968, em Chicago.

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Os protestos contra a guerra de Israel em Gaza se alastram como fogo nos campi universitários dos EUA e podem inflamar seriamente a campanha de reeleição de Joe Biden, afastando das urnas uma parte do eleitorado jovem assim como os judeus — dois segmentos que ajudaram a assegurar a sua vitória em 2020.

Nos últimos dias, cenas de prisões violentas de estudantes e professores evocaram memórias dos protestos de 1968, contra a guerra do Vietnã, que começaram nas universidades e se espalharam, resistindo até a convenção democrata de Chicago.

A candidatura do então vice-presidente Hubert Humphrey foi seriamente abalada pelas imagens de confrontos, que refletiam também um partido dividido sobre a guerra. O democrata acabou sendo derrotado em novembro pelo republicano Richard Nixon.

A cidade receberá em agosto os delegados do Partido Democrata e pode testemunhar um revival de 1968, se não houver um acordo com os manifestantes. Os que esperam simplesmente pelo fim do semestre letivo como uma solução para dispersar naturalmente os manifestantes fazem uma aposta imprudente, na opinião do colunista Charles M. Blow, do “New York Times”.

“Parece haver uma sensação na campanha de Biden de que os manifestantes se irão, que as paixões acabarão por desaparecer e que os eleitores democratas entrarão na linha quando nos aproximarmos do dia da eleição e a escolha entre Biden e Trump se tornar mais difícil”, analisa o colunista. “Essa é uma questão moral para eles e a sua posição não será facilmente alterada.”

Fonte: G1

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