Coronavírus: PIB brasileiro pode ter crescimento menor do que o esperado?

O país não tem espaço para uma recuperação adequada, o que nos leva a acreditar ainda mais neste cenário de menor crescimento

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Ainda no início desse ano, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) era de 2,40%. A expectativa caiu em 0,10%. A queda da previsão está relacionada ao coronavírus e à negociação entre EUA e China, que pode prejudicar parte das exportações brasileiras. Além disso, o fato do Presidente dos EUA, Donald Trump tirar o Brasil da lista de países emergentes, ou seja, certos setores da economia brasileira devem perder proteção. Tudo isso pode afetar a velocidade de crescimento do PIB no país.

Crescimento

Guto Ferreira, Analista Político-Econômico da Solomon’s Brain, foi o primeiro a afirmar abertamente que o crescimento não deve ultrapassar os 2,1%. “No fim do ano passado todos estimavam crescimento de 2,5%, mas eu acredito que chegará no máximo em 2,1%”, afirma. Ferreira aponta que o cenário atual, tanto global, quanto doméstico, não favorecem um crescimento acelerado.

“Com as recentes questões, o país não tem espaço para uma recuperação adequada, o que nos leva a acreditar ainda mais neste cenário de menor crescimento”. Além disso, o Analista Político-Econômico pontua que o coronavírus é um fator de impacto considerável na economia global. “Tem um impacto no mundo inteiro pelo coronavírus, mesmo com um nível baixo de letalidade, há um impacto na economia mundial, por conta do tanto de turistas e imigrantes asiáticos”.

Acordo EUA e China

Para Ferreira, também vale a pena destacar o acordo entre EUA e China, que protagonizaram uma guerra comercial, que acontecia desde 2018. Os países são os maiores parceiros comerciais do Brasil, o que pode prejudicar parte das exportações brasileiras. “Há também a questão entre EUA e China, os dois maiores parceiros comerciais do Brasil.

Isso compromete parte do commodity brasileiro”. De acordo com ele, a decisão de Trump de tirar o Brasil da lista de países em desenvolvimento, pode afetar alguns setores da economia por aqui. “Com a retirada do Brasil da lista de países em desenvolvimento, diversos setores da nossa economia não estarão mais protegidos e serão prejudicados”. O Analista Político-Econômico afirma que os fatores devem cooperar para o crescimento a passos lentos. “Tudo isso alinhado, forma um cenário de crescimento bem abaixo das previsões”, conclui.

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