Dólar comercial renova recorde histórico e chega próximo de R$4,40

Especialistas em Dólar comentam alta histórica da moeda americana

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A epidemia do coronavírus emerge na desaceleração da economia global, impactando na elevação do dólar comercial que chegou a ultrapassar R$ 4,30 e segue próximo de R$ 4,40, atingindo sua alta história, seguindo 2020 com a valorização da moeda que ultrapassa os 8%. Já o dólar turismo, vendido nas casas de câmbio, já chegou a ser encontrado a R$ 4,54 sem contar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). O impacto já surdiu efeito nos comércios brasileiros, conforme a informação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Valor deve subir

De acordo com Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, em conformidade do quadro atual, a tendência é aumentar ainda mais o valor da moeda americana. “Há outros fatores determinantes para o ocorrido. Como as fábricas da China estagnadas, havendo uma grande preocupação devido à falta de peças para diversas montadoras. Isso acaba pressionando excessivamente o dólar, visto que o Brasil é extremamente exposto à China. Isso resulta em uma desaceleração econômica para o Brasil que está em um momento de crescimento econômico”, explica o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus.

Já em relação ao Ibovespa, Laatus diz que por enquanto o cenário está positivo para as bolsas. Mas a continuidade desse cenário vai depender da retomada da produção industrial da China. “De acordo com a mídia estatal chinesa, as fábricas irão retomar a produção. Além disso,  haverá um incentivo para que as empresas trabalhem por 24 horas para poder suprir o tempo de inércia na produção. Foi uma movimentação positiva, isso traz, de certa forma, um alívio para o dólar comercial, porém, continua acima de R$ 4,30 e pelo jeito vai ficar assim até a economia chinesa retomar toda a sua movimentação e produção de itens, que é bem importante”, complementa.

Taxa básica de juros

Embasado no Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros que caiu para 4,25% ao ano, atua juntamente na ascensão do dólar comercial, havendo desmotivação do capital volátil para quem entra no país buscando o carry trade. “Certamente nós temos um componente adicional relacionado ao cenário externo, como problemas geopolíticos, assim como ocorreu o embate de comércio do Irã com os EUA em janeiro deste ano, e depois desse surto da epidemia do coronavírus, que tende a causar um impacto muito grande na economia, na produção industrial chinesa e consequentemente no mundo inteiro”, diz Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital.

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