É possível detectar câncer de mama em estágio inicial com tecnologia nacional!

Biossensor desenvolvido pelo Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) e pela BMR Medical simplifica detecção precoce de neoplasias

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Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. No Brasil, o tipo mais comum, depois do câncer de pele, é o câncer de mama – é ele que causa mais morte por câncer em mulheres no Brasil.

Foi pensando em uma solução de diagnóstico precoce mais acessível e menos invasivo que o Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), em parceria com a BMR Medical, desenvolveu um biossensor eletroquímico de baixo custo para detecção do biomarcador HER-2, uma proteína que fica concentrada em alguns tipos de câncer de mama.

Tecnologia acessível

A pesquisadora do ISI-EQ, Camila Rizzardi Perverari, explica que o biossensor eletroquímico avalia a quantidade de HER-2 por amostra de sangue e é uma alternativa à biópsia – um procedimento mais invasivo para detecção dessa proteína.


“A biópsia é invasiva, você tem que tirar um pedaço do tecido e analisar pra ver a presença desses biomarcadores. A ideia nesse projeto foi fazer essa avaliação no sangue. Só que detectar isso no início é bem mais complicado. O foco desse projeto foi a detecção, o diagnóstico precoce desse tipo de câncer de mama”, explica.


Outra vantagem do biossensor eletroquímico está no número de amostras: por precisar de pouco volume, há menos resíduo. Além disso, a análise não precisa ser feita por um especialista. “Você não precisa de um profissional altamente treinado para fazer o teste, pode ser até a mesma pessoa que faz a coleta de sangue. Ela recolhe a amostra, centrifuga, pega uma parte e coloca em uma solução. En seguida, pinga essa solução na superfície do eletrodo de apertar start”, aponta Camila.

Parceria pela vida

Rafael Martinelli de Oliveira, CEO da BMR Medical, conta que o projeto foi pensado para apoiar a tomada de decisão do médico:


“A importância da confirmação precoce da expressão do HER-2 em pacientes diagnosticados com câncer de mama é que o tratamento muda para pacientes positivos com esse tipo de linfoma, e isso pode significar tempo mais curto para o início do tratamento e maiores chances de sucesso”, relata.


A metodologia também pode monitorar o andamento da doença, indicando se o tratamento está sendo eficiente. O biossensor eletroquímico atingiu o nível 6 de maturidade tecnológica: ele foi testado em amostras reais de pacientes. O trabalho foi realizado em parceria do comitê de ética do Hospital Erasto Gaertner, um dos principais centros oncológicos de Curitiba.

Os próximos passos

O biossensor eletroquímico já comprovou sua eficácia na pesquisa aplicada. A partir de agora será necessário ampliar o número de amostras. A estimativa da BMR Medical é que a tecnologia chegue ao mercado em até 5 anos.

Conheça o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica

A parceria entre o Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) e a BMR Medical é fruto do edital SESITECH, que tem por objetivo fortalecer a indústria por meio da inovação.

A coordenadora do ISI-EQ, Agne Roani de Carvalho Jorge, conta que a missão do ISI-EQ vai muito além da busca por soluções: “Queremos fortalecer a indústria por meio da inovação, contribuindo para o aumento da competitividade, mas nossa missão vai além, queremos transformar a vida das pessoas”.

 

Fonte: Agência de Notícias da Indústria

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