Economia deve crescer mais que a previsão de 2,5%, diz Haddad
Ministro afirma que o governo deve fazer uma revisão nas projeções de crescimento para o PIB neste ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Ministério da Fazenda deve rever a projeção de crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2024. A tendência, segundo ele, é que a economia brasileira cresça mais do que o esperado.
Em um evento da corretora Warren Investimentos, nesta segunda-feira (12), Haddad confirmou o tom otimista da equipe econômica em relação ao PIB.
“Eu diria que nós brevemente devemos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos pela nossa Secretaria de Política Econômica”, disse em palestra.
“Lembrando que a balança comercial brasileira está no seu melhor momento, exportações crescendo, saldo comercial crescendo, contra a previsão de muita gente, e a economia esse ano está crescendo”, reforçou o ministro.
Desde o fim do segundo trimestre, a equipe econômica do governo federal já considera a possibilidade de revisar a previsão de alta do PIB. Em julho, a Secretaria de Política Econômica decidiu manter a projeção, mas na ocasião, Haddad já admitia elevar os prognósticos. Porém, pediu “cautela” aos seus auxiliares antes de confirmar a nova projeção.
A projeção de crescimento do Ministério da Fazenda é mais otimista que a do mercado financeiro, que prevê uma alta de 2,2% do PIB neste ano. O Banco Central projeta um aumento de 2,3%.
No mesmo evento, nesta segunda-feira, Fernando Haddad disse que entre as medidas necessárias para retomar o equilíbrio das contas públicas, falta apenas o Congresso Nacional aprovar a reoneração das folhas de pagamento de 17 setores da economia e de prefeituras. O texto está em discussão no Senado e deve ser votado nesta semana.
O ministro ainda negou que esteja aumentando impostos e defendeu a regulamentação da reforma tributária, com projetos em tramitação tanto no Senado como na Câmara dos Deputados.
“Temos todas as razões para entender que a reforma tributária vai dar um choque importante na economia, sobretudo na produtividade”, disse.
Fonte: O TEMPO