Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

ESG (Social, Meio Ambiente e Governança) deve servir ao negócio

Numa sociedade livre, donos e acionistas podem decidir para que serve o negócio, desde que eles respeitem as leis e costumes que a sociedade exige. A partir dessa base, se pode diferenciar três níveis para o ESG servir ao negócio

350

Recentemente, um cliente nosso disse, meio desanimado, numa reunião: “A sustentabilidade não é prioridade na nossa empresa.” Senti o cansaço dele lutando pelas causas sociais e ambientais. Porém, ao mesmo tempo, pensei: “ESG deve ser prioridade?”

Pensa comigo: quem deve definir as prioridades do negócio? No fundo, são os donos e acionistas! Numa sociedade livre, eles podem decidir para que serve o negócio, desde que eles respeitem as leis e costumes que a sociedade exige. A partir dessa base, se pode diferenciar três níveis para o ESG servir ao negócio.

I – Lucro plus compliance

 

No primeiro nível, os acionistas optam pelo máximo do lucro de curto prazo, dentro das leis e regulamentações. Neste cenário, o papel do ESG é compliance e gestão de riscos. Assuntos sociais e ambientais só entram na tomada de decisão se há uma lei, regulamentação ou um risco operacional associado. A ferramenta chave de ESG nestas organizações é o compliance e a matriz de riscos corporativos. Isso garante aos acionistas resultados de curto prazo com limite de gastos frente a questões de sustentabilidade.

II – Lucro admirado

 

Conhece a sensação de que uma empresa está declarando um lucro fenomenal, mas fica esse gostinho que estão se aproveitando de condições sociais (ex. trabalho barato e precário) ou ambientais (ex. emitindo muito CO2) e, no fundo, não merecem ganhar tanto? O contrário disso é que Luciano Penido, então presidente do Conselho de Administração da Fibria, chama de “lucro admirado”. Ele explica na “Série Trajetórias”, disponível no YouTube, que empresas admiradas seguem padrões éticos e criam valor para vários stakeholders, como clientes, colaboradores, parceiros na cadeia de valor, e para a sociedade em geral. Em empresas, dessa natureza, o papel do ESG é estendido para uma gestão profissional de stakeholders, um sistema de incentivos que olha para indicadores de desempenho sociais (ex. clima organizacional) e ambientais (ex. emissões), além dos financeiros. A ferramenta-chave nestas organizações é a matriz de materialidade, que garante a criação de valor para o negócio e os stakeholders ao mesmo tempo.

III – Negócio de impacto

 

Em 2015, o prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus perguntou, num encontro na Fundação Dom Cabral: “Tirando todos os indicadores financeiros da avaliação da sua liderança, a base de quê você avalia o desempenho do CEO?” Houve um silêncio profundo na sala, porque ninguém teve uma resposta boa. Ele continuou: “Para mim, é fácil contratar as metas com o CEO do Banco Grameen. O banco existe para tirar os pobres da pobreza. Se ele fala: esse ano tirei 50 mil pessoas da pobreza, digo a ele: faz 80 mil este ano. Vai.” São poucos empresários que decidem ter uma empresa direcionada para resolver desafios sociais (como pobreza) via um negócio, mas eles existem! O Yunus é até radical, porque investe todo o lucro na causa do negócio. Nestas empresas, o papel do ESG é fundamental, porque providencia indicadores tão importantes como os financeiros. A ferramenta-chave é a teoria de mudança que detalha – no caso do Banco Grameen – como as atividades do banco contribuem para reduzir a pobreza.

Nos três cenários, o ESG serve ao propósito que os acionistas escolheram para o negócio. Cabe-nos entender qual é a natureza do negócio para o qual trabalhamos. Qual é o propósito que os acionistas colocaram no sistema de governança, quais são os incentivos que orientam a tomada de decisão nos vários níveis organizacionais? O papel de ESG sempre será servir ao propósito que os acionistas colocaram. E, se você não concorda com o propósito, você pode tentar mudar o mindset dos acionistas, ou pode ser tempo de olhar para outras organizações.

Fonte: Época Negócios

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.