IPCA tem a menor alta desde 2006

Segundos dados do IBGE, em maio o índice desacelerou ao variar 0,13%

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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve o menor resultado para maio desde 2006 (0,10%). A variação foi de 0,13% – ficando 0,44 pontos abaixo da taxa registrada em abril (0,57%). Os dados foram divulgados hoje, 7, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Rio de Janeiro.

Deflação

Segundo o Instituto, quatro dos noves grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação no mês de maio. O maior impacto negativo registrado foi no setor de Alimentação e Bebidas (-0,56%) – que havia subido 0,63% em abril. Os setores de Residência (-10%), Educação (-0,04%) e Comunicação (-0,03%) também apresentaram deflação.

Os destaques dentre os grupos que tiveram alta no último mês estão Habitação (0,98%) – com impacto de 0,15 ponto percentual -, e Saúde e Cuidados Pessoais (0,59%) – com impacto de 0,07% ponto percentual.

De acordo com o IBGE, o número negativo do grupo Alimentação e Bebidas deve-se, principalmente, à queda de 0,89% observada no grupamento a alimentação no domicílio.

Produtos

O tomate, após apresentar alta de 28,64% em abril, caiu 15,08%, e o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior (passou de -9,09% para -13,04%). As frutas (-2,87%) também recuaram mais intensamente do que em abril (-0,71%).

Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio, após apresentarem quedas (-0,30% e -0,07%, respectivamente) em abril.

Maior impacto

O grupo Habitação (0,98%), por sua vez, apresentou o maior impacto positivo no mês de maio, influenciado principalmente pela alta de 2,18% no item energia elétrica.  O IBGE lembra que, de dezembro de 2018 a abril de 2019, havia vigorado a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Em maio, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora consumido. Além disso, vários reajustes de tarifas foram incorporados.

Ainda em Habitação, a variação de 0,82% na taxa de água e esgoto reflete os reajustes de 4,72% na região metropolitana de São Paulo (3,15%), a partir de 11 de maio, e de 2,99% em Brasília (0,18%), vigente desde 1º de abril. A queda no gás encanado (-0,84%), por sua vez, se deve à redução média de 1,40% nas tarifas residenciais da região metropolitana do Rio de Janeiro (-1,57%), desde 1º de maio.

O gás de botijão, também do grupo Habitação, teve alta de 1,35%, devido ao reajuste médio de 3,43%, autorizado pela Petrobras, nas refinarias, a partir de 5 de maio.

No grupo dos Transportes (0,07%), destaca-se a gasolina (2,60%), que apresentou o maior impacto individual no IPCA de maio, com 0,11 ponto percentual.

Passagem área

Ao mesmo tempo, as passagens aéreas, que haviam subido em abril (5,32%), apresentaram queda de 21,82% em maio, contribuindo com o maior impacto individual negativo no índice do mês (-0,10 ponto percentual).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 1º de maio e 29 de maio de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 30 de março e 30 de abril de 2019 (base).

Fonte: Agência Brasil

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