Licença paternidade é mais do que legislação: é humanização

O benefício ao colaborador e sua família também favorece a gestão corporativa, com maior compromisso e dedicação nas entregas profissionais

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Em meio às discussões no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre licença-paternidade, a psicóloga organizacional Cláudia Danienne, que atua há mais de 25 anos com Gente & Gestão no mercado corporativo, ressalta a importância do benefício às empresas, não somente pelo seu viés jurídico, mas, principalmente, pela humanização que deve ter cada vez mais relevância na gestão corporativa.

“Paternidade envolve vínculo, conexão real, proximidade e olho no olho. Por isso, estar presente, ouvir, ser exemplo, inspirar são fundamentais à base familiar. E as companhias precisam perceber este momento com acolhimento! Sim, celebrar a paternidade”, comenta a especialista em gestão de pessoas no mundo dos negócios.

Para se ter ideia, de acordo com dados do relatório “Situação da Paternidade no Brasil”, 82% dos pais brasileiros fariam tudo que fosse possível para estarem envolvidos nos cuidados com o filho recém-nascido ou adotado nas primeiras semanas, porém, 68% dos pais não tiraram sequer a licença paternidade de cinco dias prevista por lei após o nascimento ou adoção. “Há quem desconheça e aqueles que têm receio de comprometer a carreia com a ausência temporária. Por isso são tão necessários os programas de humanização corporativa nas empresas, a criação e implantação de culturas mais empáticas”, revela Cláudia.

A especialista ressalta que a relação entre profissional e empregador que permite com total generosidade (não somente por lei) que o pai esteja mais próximo da família com a chegada do bebê só trará benefícios! Empresas que buscam a felicidade de seu time, têm outra entrega por parte dos profissionais, com maior dedicação, compromisso e senso de dono. “É o que chamamos de ganha-ganha, favorece a corporação e o profissional”, explica Cláudia.

Ela enfatiza, ainda, que “as organizações que adotam a abordagem People Centric -centrada nas pessoas-, tendem a obter melhores desempenhos, com colaboradores mais engajados e felizes. É essencial que o DNA organizacional inclua a escuta atenta, o estudo e a inovação em soluções, ajustando políticas em prol do bem-estar coletivo”, comenta a C-Level no mundo dos negócios.

Para Cláudia, em um mundo cada vez mais dinâmico, quem humaniza oportunidades, conquista verdadeiros aliados profissionais. “Deve-se ter em mente que, somado a um bom plano de remuneração, um Plano de Humanização, uma cultura flexível, fará toda a diferença para as melhores empresas para se trabalhar”, finaliza a psicóloga organizacional e empresária.

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