Mercado de carros elétricos aposta em Startup para alavancar as vendas na Austrália

Empresas acreditam que a instalação de pontos de recarga ultrarrápida incentivará consumidores a adotarem veículos elétricos

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A startup australiana Chargefox, com sede em Sidney, planeja instalar 21 estações de recarga ultrarrápida para carros elétricos pelas principais rodovias da Austrália. Os pontos carregados por energia solar fornecerão aos automóveis até 400 quilômetros de autonomia. A primeira estação foi instalada em Euroa nesse mês e logo outra será construída em Barnawartha North. Até julho do ano que vem mais quatro novas unidades terão sido instaladas em Ballarat, Horsham, Torquay e Traralgon, segundo as expectativas da startup.

Com capacidade de até 350 quilowatts, capaz de recarregar um carro em apenas 15 minutos, a novidade deve estimular a adoção de automóveis elétricos na Austrália. O país está entre os menos adeptos dessa tecnologia sustentável entre os países do mundo desenvolvido.

Mercado de carros elétricos na Austrália

De acordo com a Bloomberg New Energy Finance, apenas 0,2% dos carros comprados em 2017 na Austrália são elétricos. No Reino Unido, por exemplo, essa porcentagem chegou a 1,9%, e na Alemanha, 1,5%.

Essa visão do mercado fez com que a iniciativa conseguisse apoio e arrecadasse 15 milhões de dólares para começar as instalações, tanto que alguns dos principais investidores são marcas de carro, como Audi, Hyundai, Jaguar, Land Rover e Mercedes-Benz. Essas marcas apostam que o projeto pode impulsionar a venda de seus veículos elétricos.

Projeto como medida ambiental

Outra visão que alavancou a Chargefox foi a diminuição de emissão de poluentes, consequência da substituição dos carros híbridos pelos elétricos. A visão sustentável como prevenção ao aquecimento global fez a startup ganhar o apoio do governo.

A Ministra de Energia, Meio Ambiente e Mudança Climática, Lily D’Ambrosio, investiu dois milhões de dólares nesse projeto. Para ela, as estações de recarga ultrarrápidas derrubam várias barreiras que, até então, impediam os consumidores de comprarem carros elétricos. Investir nessa infraestrutura é lutar contra o efeito estufa, analisa Lily.

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