Oferta de vagas no comércio para o Natal será a maior em seis anos
Inflação baixa, prazos maiores para financiamentos e medidas de estímulo ao consumo deverão impulsionar as vendas voltadas para o Natal
Movimento na economia
“Contribuem para a retomada parcial do nível de atividade do setor a inflação baixa, os juros básicos no piso histórico, os prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, a liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Regionalmente, São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas.
De acordo com o estudo da CNC, os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil). “Entre os segmentos do varejo, as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as mais afetadas positivamente pelas vendas natalinas”, lembra o economista da Confederação Fabio Bentes, que completa. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário esse percentual costuma subir 90%.”
Profissões
Neste ano, o levantamento realizado pela CNC traz também um recorte de profissões, que mostra que oito em cada dez vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil). Os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de gerente de marketing e vendas (R$ 2.724) e gerentes de operações comerciais (R$ 2.020).
A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%. De acordo com Bentes, entretanto, “a ainda lenta recuperação da economia e do consumo desde o fim da recessão deverá impedir que o varejo apresente taxas de efetivação superiores a 30%, como costumava ocorrer até 2014.”
Fonte: CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo)