Pesquisa XP/Ipespe mostra leve recuperação dos níveis de aprovação do governo Bolsonaro

O presidente passou de 30% em setembro para 33% em outubro e chegou a 35% em novembro

A nona rodada da Pesquisa XP/Ipespe, divulgada na última quarta-feira, 13, mostra uma leve recuperação dos níveis de aprovação do governo Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, 35% das pessoas entrevistadas consideram o desempenho do governo como ótimo ou bom – resultado que supera em dois pontos percentuais a marca de outubro e em cinco pontos o desempenho de setembro, deixando o presidente com a mesma porcentagem do primeiro semestre.

O índice de rejeição  – entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo – oscilou um ponto percentual de outubro para novembro, passando de 38% para 39%. A pior marca registada pela Pesquisa XP/Ipespe ocorreu em setembro, quando o índice de rejeição chegou a 41%. 

Expectativa

A expectativa para o restante do mandato não teve grandes alterações de outubro para novembro. Do total de entrevistados, 46% esperam uma gestão positiva, enquanto 32% acreditam em uma administração péssima ou ruim. Outros 18% não souberam ou não quiseram opinar.

Medidas

55% das pessoas entrevistadas ficaram sabendo do pacote econômico anunciado na semana passada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que propõe uma revisão profunda das regras fiscais brasileiras.

Daqueles que tomaram conhecimento, 57% avaliaram as medidas como “mais positivas” e 35% como “mais negativas”, enquanto 3% ficaram indiferentes e 6% não sabem ou não responderam.

A proposta de extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes e que geram abaixo de 10% da própria receita é bem vista por 60% dos entrevistados, enquanto 32% se opõe.

Reforma administrativa

Proporções similares são vistas na avaliação dos servidores públicos, que também são alvo das reformas do governo. 55% dos entrevistados utilizaram um serviço público nos últimos 12 meses.

O pacote apresentado por Guedes permite a redução de 25% no salário e jornada do servidor em momentos de emergência fiscal, e a reforma administrativa que deve ser apresentada na semana que vem deve ampliar as possibilidades de demissão.

Dados da pesquisa revelam que 59% avaliam que os servidores públicos trabalham menos do que os funcionários de empresas privadas, enquanto 22% acham que eles “trabalham igual” e apenas 13% avaliam que eles “trabalham mais”.

Na mesma linha, 52% avaliam que os funcionários públicos ganham mais do que os privados, 15% acham que eles ganham igual e só 21% acham que eles ganham menos.

Da mesma forma, 52% concordam que as regras devem ser flexibilidades para permitir que o governo demita funcionários públicos, enquanto 39% acham que as regras devem ser mantidas.

As regras que dificultam a demissão dos servidores tem visão negativa de 46%, por incentivar baixa produtividade, e positiva de 41%, por evitar que funcionários sejam demitidos por razões políticas.

A pesquisa

O relatório foi desenvolvido em parceria com o Instituto de pesquisas sociais, políticas e econômicas (Ipespe). As informações foram colhidas através de entrevistas telefônicas realizadas entre os dias 6 a 8 de Novembro de 2019. Ao todo, 1000 pessoas participaram da pesquisa. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

*Com informações da Pesquisa XP/Ipesp e Exame Online

Governo BolsonaroÍndices de aprovaçãoPesquisa XP/Ipespe
Comentários (0)
Adicione Comentários