Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Rússia usa míssil nuclear em ataque à Ucrânia

Rússia utiliza míssil nuclear pela primeira vez em ataque contra a Ucrânia

259

A Rússia disparou um míssil intercontinental pela primeira vez em um ataque contra a Ucrânia, de acordo com a Força Aérea ucraniana. O míssil RS-26 Rubej, um modelo projetado para uso em guerra nuclear, foi disparado contra a cidade de Dnipro na madrugada de quinta-feira (21). O ataque, que carrega seis ogivas convencionais, marca um novo estágio na escalada do conflito.

Analistas internacionais, consultados a partir de imagens georreferenciadas de redes sociais, confirmaram a acusação da Ucrânia. A cadeia de notícias americana ABC informou que, embora haja dúvidas entre autoridades ocidentais sobre o modelo exato, as imagens e vídeos indicam a utilização de um ICBM (míssil balístico intercontinental).

O lançamento do RS-26 Rubej é interpretado como uma manobra estratégica, colocando a guerra em um ponto de intensa escalada simbólica. Este ataque ocorre após a autorização dos Estados Unidos para que a Ucrânia utilizasse mísseis de até 300 km de alcance em território russo, uma medida que o governo de Volodymyr Zelensky vinha pedindo há meses.

O primeiro ataque com mísseis de longo alcance foi realizado pela Ucrânia na terça-feira (19), atingindo um arsenal russo a 150 km da fronteira. Como resposta, o presidente Vladimir Putin deu mais um passo em sua doutrina nuclear, revisando sua política de uso de armas atômicas. A nova formulação considera como legítimos alvos de retaliação países e alianças que apoiem ações contra a Rússia.

Na quarta-feira (20), a Ucrânia usou pela primeira vez mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow contra a Rússia, atacando a região de Kursk. Apesar de o Kremlin ter alegado que derrubou dois desses mísseis, o uso de armas de longo alcance por Kiev segue como uma estratégia de pressão, dificultando a interceptação e marcando um novo patamar no conflito.

O uso de um RS-26 Rubej, um míssil projetado para guerras nucleares, é inusitado, já que sua utilização em uma operação convencional como a de Dnipro seria incomum. O RS-26, com alcance de até 5.800 km, é capaz de transportar até quatro ogivas nucleares, cada uma com a potência de cerca de 20 bombas de Hiroshima.

Especialistas apontam que o lançamento de um míssil tão sofisticado e de alto custo contra um alvo relativamente localizado sugere que o Kremlin estava buscando enviar uma mensagem simbólica poderosa. O RS-26, parte do arsenal estratégico de dissuasão nuclear da Rússia, é um dos pilares da força nuclear do país.

A guerra na Ucrânia, que já alcançou seu segundo ano, testemunhou a Rússia tomar mais uma cidade no leste ucraniano na quinta-feira (21), enquanto a Ucrânia continua a resistir com apoio ocidental. O uso de mísseis de longo alcance por Kiev, embora com impacto limitado, tem gerado uma resposta cada vez mais incisiva de Moscou.

A Força Aérea ucraniana também informou que a região de Dnipro foi atingida por outros mísseis russos, incluindo os Kh-101, com seis dos sete lançados sendo derrubados. Contudo, um míssil hipersônico Kinjal atingiu o solo, embora não haja informações de vítimas até o momento.

A escalada nuclear também foi ampliada pelas autoridades russas, que criticaram a recente inauguração de uma base de defesa antimíssil na Polônia. A instalação de Redzikowo, ativada em 13 de outubro, foi apontada como um “aumento do risco nuclear” por Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O governo russo também sugeriu que, em sua nova doutrina nuclear, a Otan já estaria em guerra com a Rússia, uma vez que os países da aliança fornecem armas para Kiev. A instalação de defesa na Polônia foi interpretada como uma possível preparação para uma ação militar contra a Rússia, embora a Polônia tenha negado qualquer risco nuclear.

Apesar das ameaças, Vladimir Putin nunca declarou oficialmente guerra à Ucrânia, chamando a invasão de 2022 de “operação militar especial”. Esse distanciamento retórico ajudou a manter a aprovação de Putin dentro da Rússia em níveis elevados, acima de 90%.

Embora a Rússia não tenha confirmado oficialmente o uso do RS-26, o ataque em Dnipro e a retórica nuclear indicam um endurecimento da postura de Moscou frente à guerra. Especialistas observam que o uso de um ICBM nunca foi registrado em um conflito militar, sendo geralmente reservado para dissuasão estratégica.

O impacto dessas ações pode ser significativo, com a Rússia claramente sinalizando sua disposição em intensificar o uso de força militar avançada. As tensões continuam a crescer, com a possibilidade de novos ataques e uma escalada ainda maior no horizonte da guerra entre os dois países.

Se a Rússia realmente utilizou um RS-26, a ação reflete um momento de redefinição na guerra, colocando o uso de armas nucleares e de longo alcance mais próximo do centro do conflito. Para o Kremlin, essa pode ser uma resposta direta à crescente pressão ocidental sobre a Rússia e a intensificação do apoio militar a Kiev.

Os próximos dias devem revelar se Moscou irá continuar escalando sua retórica e suas ações no campo militar, especialmente à medida que a Ucrânia continua a utilizar novas armas fornecidas pelo Ocidente para tentar reverter a maré da guerra a seu favor.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.