Simulado de acidente com Cloro, realizado pela Abiclor e Clorosur

Com apoio da CCR e ABTLP, evento faz parte de treinamento de equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU e Defesa Civil

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Cerca de 80 profissionais participaram de um simulado de atendimento a emergências envolvendo acidentes com produtos perigosos e múltiplas vítimas, realizado nesta quinta-feira (29) em Jundiaí, São Paulo. O treinamento reproduziu um acidente real, simulando o tombamento de uma carreta de transporte com cloro – a simulação considerava que a carreta estava retornando depois de descarregada,  com tanque pressurizado e com cloro residual. Além disso, simulou também um engavetamento envolvendo três veículos e sete vítimas, algumas com sinais de contaminação pelo gás tóxico. O simulado foi  organizado pela Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados) e Clorosur, com o apoio da CCR e ABTLP.

O simulado complementou com conhecimentos práticos o Workshop sobre Atendimento a Emergências realizado na última quarta-feira, dia 28 de agosto, no auditório da Faculdade Anhanguera. O Workshop, que reuniu mais de 130 participantes, contou com apresentações de especialistas do setor que discutiram temas como riscos associados ao cloro, toxicologia, gestão ambiental, entre outros.

O exercício foi realizado na Rodovia Anhanguera, no acesso à Bandeirantes, com a participação de equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU, Defesa Civil, Polícia Rodoviária e da concessionária responsável pela rodovia. As equipes utilizaram todos os equipamentos de proteção individual necessários para lidar com uma ocorrência desse nível, incluindo roupas de proteção nível A e sistemas de proteção respiratória autônomos.

Milton Rego, Presidente-Executivo da Abiclor e da Clorosur, comentou sobre a importância do treinamento: “Um dos maiores desafios durante uma emergência química como esta é o atendimento, que exige o comprometimento de todos esses agentes e as empresas de emergência química, que irão operar em conjunto. É preciso ter um alto grau de coordenação, o que só se atinge com treinamentos sistemáticos.”

A cena do acidente foi cuidadosamente planejada para proporcionar uma experiência realista e segura aos participantes. O cloro, sendo um produto químico altamente perigoso, exige uma resposta especializada. O treinamento contou com o apoio da Abiclor, Ambipar (empresa de atendimento emergencia), Sabará (distribuidora de cloro), Unipar (produtor) e Ceslog (transportador), todos associados da Abiclor, que forneceram orientações técnicas sobre o manuseio seguro do produto.

Além do atendimento emergencial no local do acidente, as equipes também praticaram o transporte das vítimas para unidades hospitalares. No simulado, os sete atores que atuaram como vítimas foram levados ao Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí. Esse exercício foi essencial para treinar os profissionais envolvidos na importância da rapidez e eficácia no tempo de socorro, um fator crítico em situações reais de emergência.

Para os participantes, o simulado foi uma oportunidade valiosa para aplicar a teoria na prática e identificar pontos que precisam de ajustes. “Depois de cada treinamento, fazemos uma análise minuciosa com todos os envolvidos tentando entender o que foi bem e o que é necessário melhorar. Essa análise é tão importante quanto o exercício em si e traz uma série de aprendizados que irão ser úteis na gestão de acidentes”, diz o presidente-executivo da Abiclor.

O simulado foi parte de um esforço contínuo da Abiclor e de outras entidades envolvidas para aprimorar a segurança no transporte e manuseio de substâncias perigosas no Brasil. Com a colaboração de diversas instituições e profissionais, a atividade reforçou a importância de uma resposta coordenada em situações de emergência, contribuindo para a redução de riscos e a proteção da vida e do meio ambiente.

 

Segurança no transporte de cloro, álcalis e derivados 

Os produtos da indústria de cloro-álcalis, como cloro, soda cáustica, potassa cáustica, hidrogênio, ácido clorídrico, hipoclorito de sódio e outros, são essenciais em toda a economia, desde usos industriais até serviços públicos de água e esgoto em áreas rurais e urbanas.

Entretanto, por serem produtos reativos e perigosos quando concentrados, há um esforço permanente do setor, particularmente junto aos transportadores, para garantir a segurança no transporte e evitar acidentes. Há mais de 20 anos, o setor realiza ações recorrentes com o objetivo de melhorar os índices de segurança da indústria.

O setor de cloro-álcalis conseguiu reduzir em 84,9% o número de acidentes no transporte de produtos do setor nos últimos dezesseis anos. Hoje, a taxa de frequência de acidentes é de apenas 0,7% para cada 100 mil viagens, graças à disseminação de medidas preventivas e treinamentos especializados.

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