Na noite do dia 21 de maio, o fotógrafo e educador João Ripper, conhecido por ser um dos maiores nomes da fotografia humanista, lançou o livro “João Ripper e Nós. Comunidades Tradicionais, a sabedoria de nossos povos” durante a exposição “Imagens Humanas”, no Ímã Foto Galeria, na Vila Madalena, em São Paulo. O jornalista e cineasta Márcio Masulino, é um dos 7 fotógrafos que acompanharam o mestre nesta jornada fotográfica pelo Brasil. Os outros profissionais foram Ana Mendes, Chris Laurito, Mari Mendes, Mariella Paulino, Vanessa Soares e Yara Falconi.
O olhar apurado e humanista dos profissionais foi de extrema importância para revelar um compromisso com a justiça social, por meio das lentes. Nesse olhar apurado foram captados Apanhadores de Flores Sempre-Vivas, Caatingueiros, Caiçaras, Castanheiras, Catadoras de Mangaba, Cipozeiras, Faxinalenses, Fundo e Fecho de Pasto, Geraizeiros, Indígenas, Marisqueiras, Quebradeiras de Coco Babaçu, Quilombolas, Ribeirinhos, Seringueiros, Vazanteiros e Veredeiros.
A exposição fotográfica que abrilhantou o lançamento do livro teve como curador o sociólogo e fotojornalista Egberto Nogueira.
João Roberto Ripper nasceu em 1953, no Rio de Janeiro. Trabalhou como repórter-fotográfico do Diário de Notícias, Última Hora, O Globo, Agência F4 e Imagens da Terra.
Foi diretor na Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro e na Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Foi coordenador das campanhas pela obrigatoriedade do crédito na fotografia e contratos de direito autoral e o responsável pela criação e implantação das tabelas de preços mínimos. Idealizador e coordenador do Projeto Imagens do Povo do Observatório de Favelas.
Publicou, em 2009, o livro “Imagens Humanas”, que apresenta 195 fotos, algumas inéditas, selecionadas a partir de um acervo de 150 mil imagens.
Seus projetos fotográficos são fundamentais e reconhecidos por darem vozes para povos tradicionais, por renovarem os olhares para as comunidades do Rio de Janeiro e até por ajudarem a denunciar trabalhos escravos.