10/9/2021 –
Liberações do governo estadual já trazem mudanças para membros que foram impactados pela pandemia da COVID-19
A pandemia da COVID-19, decretada em março de 2020, impactou diretamente segmentos, empresas e eventos, principalmente quanto à ocupação e ganho de receita de membros dependentes de eventos sociais e culturais, feiras e congressos corporativos. Segundo a CNN, o setor de eventos, responsável por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, registrou prejuízo de R$ 270 bilhões com a pandemia do coronavírus entre março e dezembro do ano passado. O setor abrange 60 mil empresas na cadeia de serviços e gera mais de 1,9 milhão de empregos diretos e terceirizados. A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) indicou em agosto que o setor de viagens corporativas, um dos segmentos que mais sofreram com a pandemia de Covid-19, apresentou uma queda de 39,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo o órgão, na hotelaria, somando nacionais e internacionais, o faturamento caiu de R$ 690 milhões, no primeiro semestre de 2020, para R$ 572 milhões no mesmo período deste ano. No aéreo, o faturamento caiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 722 milhões, menos 49,3%.
Após mais de um ano de pandemia, fatores como o avanço da vacinação por todo o país (mais de 60 milhões de brasileiros já estão com o plano de vacinação completo) e a reabertura progressiva de atividades e do comércio, fizeram com que membros que foram profundamente afetados pela pandemia pudessem retomar os serviços de forma mais segura, como hotéis, companhias aéreas e organizadores de eventos.
Em 17 de agosto, o governo estadual comunicou a liberação de atividades como restaurantes, salões de beleza, museus, academias e parques em São Paulo. O impacto da liberação levou a ações em poucos dias após o anúncio, com a divulgação quase imediata de que eventos como o GP de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos, confirmado para a nova data de 12 a 14 de novembro, estariam sendo realizados com públicos este ano, enquanto que a expectativa é de que o público nos estádios de futebol em São Paulo comece a ser liberado em 1º de novembro.
Além disso, as mudanças na flexibilização do comércio e dos eventos na cidade comunicados nos últimos meses, com os protocolos de proteção e saúde sendo respeitados, já impactam mercados que dependem diretamente dessas atividades. Segundo levantamento do Itaú Unibanco divulgado no dia 24 de agosto, após a flexibilização das medidas de proteção, os brasileiros estão voltando a gastar com atividades de lazer, como bares, restaurantes e viagens. O levantamento, cuja metodologia foi baseada a partir de compras feitas com cartões emitidos pelo banco e vendas transacionadas por sua empresa de meios de pagamento, revelou ainda que setores como hotelaria e viagens também estão voltando a crescer. A rede B&B Hotels, membro do segmento hoteleiro e que possui 6 hotéis distribuídos em São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Uberlândia (MG), informou nesta semana que a ocupação de seu hotel na cidade de São Paulo, na região da Luz, chegou a 70% de ocupação. Além do impacto positivo com o retorno do comércio, a liberação de eventos anunciada recentemente também foi sentida diretamente pela rede de hotéis, com o aumento no faturamento e na ocupação do empreendimento. Além disso, a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) reforça a tese de melhora, informando que acredita que com o avanço da vacinação, o cenário pós pandemia é de que o consumo voltará a crescer, mesmo com o desemprego em alta, e o dinheiro das famílias pode ser direcionado novamente para viagens, lazer e outras atividades.
Website: https://www.hotelbb.com/pt/br