Rio de Janeiro – RJ 10/9/2021 – A inserção do self-storage na cadeia logística é fundamental para a evolução das PMEs.
Pesquisa mostra que a expansão do número de boxes nas operações já existentes foi impulsionada pela utilização das pequenas e médias empresas
O aumento no número de pequenas e médias empresas que passaram a vender pela internet durante a pandemia foi um dos principais motores de expansão do self-storage no Brasil no primeiro trimestre de 2021. Essa é uma das conclusões que aparece no levantamento encomendado pela Associação Brasileira de Self-storage (ASBRASS) à Brain Inteligência Estratégica.
Presente em 87 cidades das cinco regiões brasileiras – especialmente nos grandes centros urbanos -, o setor já soma 108.537 boxes distribuídos em 191 empresas. A localização estratégica aliada à flexibilidade contratual, têm transformado esses espaços em centros logísticos de distribuição para empresas de pequeno e médio portes.
O CEO e fundador da Vinu, comércio eletrônico de vinhos, Christian Kostner, foi um dos empresários que encontrou no autoarmazenamento uma oportunidade de reduzir custos e melhorar a logística de entrega do seu negócio. “Buscávamos uma alternativa aos tradicionais galpões terceirizados e observamos que várias PMEs estavam utilizando o self-storage. Resolvemos experimentar e conseguimos reduzir nossos custos logísticos em 40%. Para pequenos e médios empresários, quanto mais opções de boxes em endereços estratégicos estiverem disponíveis melhor será para tornar a empresa mais competitiva. Vemos com bons olhos essa expansão.”, afirma Kostner.
Outra empresa que também apostou no mercado de self-storage em busca de custos menores foi a MetalBagno Store, que comercializa louças e metais para banheiro. De acordo com o CEO Eduardo Achcar, a empresa teve uma redução de 35% em despesas operacionais ao optar pelo auto armazenamento. “Desde que passamos a utilizar os self-storage conseguimos reduzir não só os custos logísticos e o tempo de entrega, mas também o melhor gerenciamento de perdas, como danos e roubo. O crescimento no número de boxes disponíveis é uma ótima notícia para as PMEs pois esses espaços se tornam uma vantagem competitiva para o crescimento dos seus negócios.”, afirma Achcar.
Foco em cidades é estratégia para crescimento
De acordo com a ONU (2019), 55% da população mundial vive em cidades e este percentual deve chegar aos 70% em 2050. Na América Latina, a ocupação dos centros urbanos pode ser ainda maior: deve ultrapassar 86% em 2050. De olho nessa demanda e na necessidade de oferecer a melhor localização para clientes de diferentes perfis, empresas do setor expandem suas operações pelo país. É o caso da Moby Self-storage, que inaugurou em 2021 mais uma unidade na cidade do Rio de Janeiro.
“É uma excelente notícia para o setor o aumento do número de boxes pois isso significa mais espaços de otimização logística para PMEs. Os centros urbanos estão em franca expansão e, na mesma proporção, será a procura por galpões; do início da pandemia para cá, tivemos um crescimento de 30% e as pequenas e médias empresas que utilizam os nossos espaços hoje já representam 25% dos clientes. Percebemos claramente que o futuro do setor é a expansão dentro das cidades e já prevemos novas aberturas para 2022.”, conta Peer Buergin, sócio da Prolifico Group – controladora da Moby Self-Storage
Rafael Cohen, presidente da Associação Brasileira de Self Storage (ASBRASS), conclui que o aumento da demanda que culminou com os quase 20% de crescimento em espaços ofertados é resultado de um esforço do setor de mostrar a importância do Storage na cadeia logística. “Esse crescimento impulsionado sobretudo pelo uso das pequenas e médias empresas evidencia o quão importante a solução de armazenamento se tornou para a evolução das PMEs. As empresas estão se adaptando à nova realidade das vendas online, que requerem entregas cada vez mais rápidas. E os resultados apresentados pelas empresas de self-storage durante a pandemia são a prova real de que elas fazem a diferença na última etapa do comércio eletrônico, a chamada “last mile”, finaliza Cohen.