Covid-19 impacta economia e influencia alta do dólar

Especialistas comentam sobre as expectativas na cotação da moeda americana

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O dólar opera em alta, renovando sua máxima histórica e alcançando pela 1ª vez R$ 4,50. O impacto na moeda americana vem se tornando cada vez mais amplo com o coronavírus (covid-19) preponderando na situação atual do mercado financeiro, atingindo 33 países, incluindo o Brasil, com o 1° caso em São Paulo. Além disso, o carnaval também foi um fator determinante para o câmbio, já que os mercados brasileiros estavam fechados por dois dias, enquanto notícias sobre o quadro atual se atualizavam.

Queda na Ibovespa

Enquanto o dólar está obtendo ascensão de mais de 1%, o Ibovespa registra forte queda de quase 8%. E de acordo com Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, o dólar está refletindo muito pouco. “O dólar está mais calmo, em comparação com o Ibovespa. A moeda americana está calma porque o Banco Central brasileiro já anunciou a intervenção.

Mas por enquanto não se nota tanta fuga de capital, porque geralmente nesses momentos de aversões, como o do Covid-19, o dólar sobe justamente por isso. As pessoas saem da bolsa e do país em busca de segurança no ouro. Por ora não se nota essa saída, então está tranquilo. Mas de acordo com o cenário atual, o dólar pode sim ultrapassar a R$4,50”, relata Jefferson.

Câmbio

O câmbio desse retorno do mercado não é surpresa para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital. “Não há dúvidas que o dólar poderá passar de R$ 4,50. E isso tem nutrido o pessimismo nos mercados globais, na sequência, tivemos uma perda muito acentuada, registrando perda de mais de 3% em Nova Iorque.

Então, já era esperado que haveria uma venda de ativos em países emergentes para recompor essas ações em praças de 1° mundo”, informa o Diretor de Câmbio. A alta permanece mesmo após a intervenção do Banco Central ser anunciada com um leilão estapafúrdico de dólares. “Discordo que o Banco Central desvalorizou algo, ele atua simplesmente para dar liquidez, ele não age para defender nenhuma cotação, os fundamentos da nossa economia são de câmbio livre. Se pelo quadro atual o dólar tiver que chegar a R$ 5,00, ele vai chegar”, acrescenta Fernando Bergallo.

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