Colnaghi defende reforma administrativa do governo

Presidente do Conselho de Administração da Asperbras, José Roberto Colnaghi, avalia momento econômico do Brasil

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“Precisamos avançar ainda mais nas reformas”, diz o empresário e presidente do Conselho de Administração do Grupo Asperbras, José Roberto Colnaghi. Na avaliação dele a reforma previdenciária é motivo de comemoração, mas é preciso ir além, incluindo reforma administrativa do governo para que o país faça as transformações estruturais de que tanto necessita. Nesse início de 2020 Colnaghi aponta os avanços alcançados e estima melhorias no ambiente econômico nos próximos meses.

Com a mudança no sistema previdenciário, o Brasil traça um caminho de melhora nas contas públicas. Com a economia de R$ 800 bilhões nos próximos dez anos. “Isso favorece o investimento do setor produtivo por conta da uma estabilidade com expectativa de melhoras, mas outros passos importantes precisam ser dados para que esses resultados se concretizem”, explica José Roberto Colnaghi, referindo-se ao controle dos gastos públicos.

SIMPLIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA

O acionista da Asperbras lembra que o Brasil é considerado um dos piores países do mundo em complexidade tributária. De acordo com o Banco Mundial, estamos em último lugar entre os 190 países pesquisados no ranking Doing Business.

“No caso da reforma tributária, ainda não sabemos exatamente qual o formato que ela terá, tendo em vista que há diferentes propostas em tramitação. Mas o objetivo principal precisa dar mais racionalidade ao sistema atual que onera muito quem quer produzir”, observa Colnaghi.

REFORMA ADMINISTRATIVA

Já a reforma administrativa, uma das prioridades elencadas pelo governo, propõe gatilhos para controlar as despesas públicas. São mudanças que devem envolver todo o percurso do trabalhador no serviço público. As alterações na forma de seleção para o ingresso na carreira, passando por regras mais rígidas de avaliação de desempenho, novas condições para a progressão e até a forma de vínculo empregatício com o Estado.

“Com a racionalização dos gastos nas futuras contratações de servidores e equiparação aos salários da iniciativa privada, também haverá uma enorme economia nas contas públicas”, ressalta José Roberto Colnaghi. Ele lembra que um estudo do Banco Mundial indica a possibilidade de uma economia de R$ 104 bilhões até 2030.

MELHORA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

A essas medidas somam-se outras que já estão em vigor e também contribuirão para a melhora do ambiente de negócios do país. Como a MP da Liberdade Econômica – que já virou lei – editada para diminuir a burocracia e facilitar a abertura de empresas. Principalmente de micro e pequeno porte. “Essas mudanças já estão em vigor. Junto com a queda contínua da taxa de juros ao patamar mais baixo da história, irão refletir no desempenho da economia ao longo do tempo”, assinala o Colnaghi.

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